Da
estante de livros do seu pai, pode ler e apreender, com voracidade, os tantos
livros de literatura infanto-juvenis postos ao seu alcance. Memorizou centenas
de poemas, muitos deles serviram de lastro para declamação por essa
garota-prodígio, no Cine Recreio Dramático Familiar, o clube social da sua cidade
natal.
Cursou
o Primário em Acaraú. Transferindo-se para Fortaleza, fez o Ginásio e o Normal na
Escola Normal Justiniano de Serpa, habilitando-se como professora normalista. Cursou
Letras, na Faculdade de Filosofia do Ceará, licenciando-se em Português e
Inglês.
Começou
sua vida profissional, em 1964, como professora da Campanha Nacional de
Educandários Gratuitos, lecionando Português e Geografia, em Jaguaribara-CE.
Em
1965, ingressou no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, por
concurso público, tendo uma substantiva produção
técnica e literária. Em 1991, logo após a sua aposentadoria do DNOCS,
foi admitida no Instituto do Câncer do Ceará, cumprindo os mais diversificados
encargos, até o final de sua existência terrena.
Com
incursão em vários gêneros literários, Elsie publicou diversos artigos em O
Povo. Seus dotes literários eram de pleno reconhecimento dos que a conheciam, sendo
a mesma objeto de algumas homenagens oficiais, porém em número bem aquém do que
lhe seria justo; mas disso ela não se sentia diminuída, mercê da sua exibível
modéstia.
Elsie
Studart foi a primeira autora da obra “Dom Aloísio Lorscheider”, das Edições
Demócrito Rocha, e deixou os originais de um livro sobre o Dr. Haroldo Juaçaba,
para integrar a Coleção Terra Bárbara. Esse material foi revisto e atualizado
pelo coautor (M.G.C.S.), que acompanhou a composição e a impressão dessa obra,
cujo lançamento ela não pode ver, pois se deu em 2016.
A escritora
pranteada, autora de dezesseis livros, dos quais cinco póstumos, faleceu em
Fortaleza, em 25/07/2013, e, agora, decorrido um lustro da sua partida, ela bem
merece denominar uma escola pública em Acaraú ou em Fortaleza.
Presidente da Sobrames/CE
*
Publicado In: O Povo, de 23/07/2018. Opinião. p.21.
Nenhum comentário:
Postar um comentário