Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Paga um alto
preço aqueles que desejam aplicar, em uma sociedade, o que funciona ou
funcionou em outras. Assim, comparar e os movimentos/acontecimentos atuais
brasileiros com os assemelhados distantes e distintos – Primavera de Praga,
Primavera Árabe ou Turca, Mãos Limpas — é, além de pueril, desastroso.
Não acredito
que algum brasileiro, ou brasileira, queira mal a seu país. Não sou ingênuo e
conheço bem a natureza humana, para ser considerado pueril. Pratico a Medicina
por mais de meio século e, ninguém pratica tal Arte e Ciência, por tanto tempo,
impunemente.
O Estado de
Pernambuco tem a sorte de possuir políticos que, na maior parte das vezes,
primam pela honestidade do trato público. Por essa razão, apesar da perda de
importância econômica, através dos tempos, ainda somos um farto celeiro de
estadistas.
Fala-se, no
momento atual, sobre consultas, plebiscitos, referendos, e tantas outras
designações argumentum ad nauseam,
propagadas pelos quatro cantos e, agora, de forma mais intensa, mediante uma
caixa de ressonância maior, ofertada pela internet e pelos jovens da
Pós-Modernidade. Isso é muito bom! Quando bem empregada, a tecnologia ajuda a
democracia a ser melhor posta em prática.
As ruas
demandam, e com toda razão, soluções para as diversas problemáticas de nossas
instituições e poderes constituídos, ou seja, que eles apresentem um melhor e
mais justo funcionamento e desempenho.
Acredito que
reformas políticas passam pela escolha de nossos dirigentes. O que denomino de
político, não diz respeito àqueles que pensam na reeleição, ou no próximo
sufrágio (votação). Para mim, representam as pessoas que pensam, e planejam um
melhor/ maior/ mais justo futuro para a nossa Nação.
Desejo
lembrar e enaltecer, nessa hora difícil, a figura de um conterrâneo meu, ora
afastado das lides políticas por motivo de saúde, porém, um constante
batalhador das reformas políticas brasileiras. Sem maiores bairrismos, lembro o
nome do político Marcos Maciel, como um exemplo a ser lembrado de probidade.
Triste de um povo,
de um país, ou de uma nação, que necessita de salvadores da Pátria. Como
médico, eu jamais coloquei, sobre os ombros fragilizados dos meus pacientes, as
decisões terapêuticas. Sempre conversava com os familiares e, quando possível,
com o próprio paciente. Neste sentido, está registrada, então, a opinião de um
simples esculápio de província.
(*) Professor Titular da Pediatria
da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União
Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos
(ABRAMES). Consultante
Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Foi um dos primeiros
neonatologistas brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário