Templo de Baalshamin foi erguido em homenagem a um deus, na cidade de Palmira |
De acordo com
as informações, o templo de Baalshamin teria sido destruído com explosivos
neste domingo.
O Estado
Islâmico assumiu o controle da cidade em maio, espalhando o medo de que
monumentos históricos da cidade, que é considerada Patrimônio da Humanidade
pela Unesco, pudessem ser destruídos.
Segundo
informações dadas pelo responsável pelo departamento de patrimônio histórico da
Síria, Maamoun Abdul Karim, à agência de notícias AFP, "vários explosivos
foram colocados no templo e causaram uma explosão que causou muitos danos ao
monumento."
"A cela (parte interna do templo) ficou destruída e as
colunas ao redor caíram", disse.
Antigos
moradores de Palmira que fugiram dali também confirmaram que o EI havia
colocado explosivos no templo, mas disseram que o grupo havia feito isso um mês
atrás, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
No mês passado,
o EI divulgou fotos de militantes destruindo o que eles definiram como 'lugares
saqueados' em Palmira. O grupo já fez isso com diversas regiões antigas no
Iraque.
Na semana
passada, descobriu-se que o arqueólogo de 81 anos que estudava as ruínas de
Palmira há décadas havia sido decapitado pelo grupo.
O EI também
publicou fotos do que eles disseram que seria a destruição de dois santuários
islâmicos próximos à Palmira, que foram descritos por eles como "manifestações do politeísmo".
O templo de
Baalshamin, supostamente destruído neste domingo, datava do século 1 e era
dedicado ao deus fenício das tempestades e das chuvas fertilizantes.
A cidade de
Palmira, conhecida na região por "Tadmur", fica em uma área
estratégica na estrada entre a capital da Síria, Damasco, e a cidade no leste
do país, Deir al-Zour.
Perto dali, as
ruínas monumentais da cidade de 4 mil anos surgem do deserto. A Unesco
considera o local um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo.
Fonte: BBC-Brasil/UOL Notícias, de 23/8/2015.
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