Por Luiz
Gonzaga Fonseca Mota (*)
Início
esse pequeno texto ressaltando que as ideias e os conceitos emitidos não dizem
respeito a todas as pessoas e instituições participantes ou envolvidas com a
pandemia Covid-19. Aliás, a maioria é bem-intencionada e se dedica com
solidariedade, amor e cientificamente ao combate do cruel novo coronavírus.
Existem pessoas e instituições que trabalham obstinadamente e defendem suas
teses com convicção e seriedade, porém, ainda não se encontrou, no mundo, uma
diretriz consensual sobre o desafiador problema. De um modo geral, tem-se uma
expectativa preocupante, em todos os países, no tocante aos aspectos sociais,
econômicos e políticos, gerando crises emocionais e de desesperança. Todavia,
uma minoria, de pessoas e de instituições gananciosas e inescrupulosas, está
mais obcecada com os seus interesses políticos e com o dinheiro do que com as
dificuldades inerentes ao povo (saúde e emprego, por exemplo). A má política,
do ponto de vista pessoal ou de grupos, e a ambição de se conseguir mais
dinheiro constituem os pilares básicos, no momento, dessa angustiante situação
porque passa o mundo. Precisa-se ter consciência crítica de ser a vida humana
superior às disputas políticas e eleitorais, como também aos lucros exagerados
de algumas empresas e laboratórios. A atual crise mundial (Covid-19) não pode
ser atropelada por outros objetivos. O debate, realizado de forma séria,
diretamente ou através da mídia, visando à união de esforços, é uma coisa
saudável; no entanto, a busca odiosa e deplorável do poder político ou
monetário é uma atitude irresponsável e mesquinha. Ademais, é bom interpretar o
livro do Eclesiastes (capítulo 3, versículo 1): “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião”. Deus, pedimos-Lhe, a união e a sinceridade de todos,
para que consigamos a saúde no corpo e na alma.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 24/5/2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário