Por Pe. Eduardo Catalfo
C.Ss.R. (*)
No dia 16 de
julho de 1930, o Papa Pio XI declarava Nossa Senhora Aparecida
como Padroeira do Brasil. No entanto, a proclamação oficial foi organizada
por Dom Sebastião Leme, Cardeal Arcebispo da então capital federal, no Rio de
Janeiro.
À frente do
movimento, realizado no dia 31 de maio de 1931, além do Cardeal Leme,
estava o missionário redentorista, padre Antão Jorge Hechenblaickner, reitor do
Santuário naquela época.
Há exatamente
90 anos, a Mãe Aparecida está presente na vida e no coração do povo
brasileiro, como Mãe, Rainha e também como sua principal Padroeira.
No seu livro
"História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida", publicado pela
Editora Santuário, o missionário redentorista padre Júlio Brustoloni
descreve em detalhes esta festa grandiosa, que se transformou numa grande
manifestação popular de carinho e ternura para com a Senhora Aparecida, a Mãe
de Deus e Nossa Mãe!
O título de
Padroeira do Brasil revela o modo como Nossa Senhora
Aparecida continua a inspirar as mulheres brasileiras na defesa e na
promoção da vida.
Maria nos
convida ao seguimento alegre e decidido de Jesus. Aparecida nas águas do rio
Paraíba do Sul, a Mãe de Deus nos acolhe e nos oferece as melhores
bênçãos de Deus através do seu Filho Jesus.
A devoção a
Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil nos faz pensar que Maria,
a Mãe de Deus, vem ao nosso encontro para nos oferecer Jesus.
Vocacionada e
escolhida para gerar e dar à luz o Filho do Altíssimo, a jovem de
Nazaré representa a força e a ternura feminina, presentes no plano de
Deus.
A Mãe de Deus
vem ao nosso encontro não para envaidecer-se! Ao contrário, Maria sempre
reconheceu que o Poderoso olhou para a humildade de sua serva e fez
nela maravilhas (Cf. Lc 1, 46-55).
O jeito de ser
de Nossa Senhora é modelo para toda a Igreja de Cristo. Como ensina o Papa
Francisco, ser Igreja é colocar-se à serviço da vida, dos pobres e da promoção
da vida.
Reconhecer que
a Mãe Aparecida é a Padroeira do Brasil é reconhecer a importância de milhões
de mulheres que, não sem esforço, constroem a Igreja de Cristo, na liderança
discreta, no serviço e no seguimento de Jesus.
(*) Sacerdote e missionário
redentorista em Aparecida-SP. Reitor do Santuário Nacional de Aparecida.
Fonte: O Povo, de 10/7/2021. Opinião. p.16.
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