Há muitos anos atuo como articulista de O Povo, já tendo publicado nesse
veículo quase duzentos artigos de opinião, além de dois livros da Coleção Terra
Bárbara, lançados pela Fundação Demócrito Rocha.
Da mesma forma, desde 2004, colaboro com
artigos para diferentes publicações do Jornal
do Médico, um informativo médico independente do Ceará, que edita jornais e
revistas, impressas ou digitais, e nelas inseri mais de uma centena de textos.
Na vigência da presente pandemia de
Covid-19, como membro do GT de Enfrentamento à Covid-19 da Universidade
Estadual do Ceará (Uece), servi recentemente como fonte de informação de cerca
de três dezenas de matérias sobre o assunto desse conceituado jornal, sendo
entrevistado por diferentes jornalistas, bem como publiquei alguns artigos de
opinião versando sobre a Covid-19.
Como polígrafo, e notadamente médico
especializado em Saúde Pública, tenho acompanhado a evolução dessa doença, mais
especificamente no Ceará.
No correr dos quase nove primeiros meses
de epidemia grassando entre nós, colhemos uma coletânea de artigos publicados
na mídia cearense, boa parte deles captadas em O Povo, e outra parcela extraídas do Jornal do Médico.
Com o intuito de ser uma narrativa
constituída por dezenas autores, amealhara, pouco a pouco, mais de oito dezenas
de crônicas, tornadas públicas nos dois veículos de comunicação acima aludidos,
que cuidei de dar a maior divulgação por intermédio do Blog do Marcelo Gurgel,
uma mídia por mim editada, iniciada em 2008.
A primeira postagem relacionada ao novo
coronavírus foi feita em meu blog em fevereiro de 2020. Essa temática se
espalha ao longo dos meses seguintes no meio de cerca de meia centena postagens
mensais, expondo os assuntos mais diversificados.
Em setembro de 2020, sobreveio-me a ideia
da edição de um livro coletivo enfeixando esse material de modo a se constituir
uma memória do que foi essa avassaladora pandemia nos escritos de cronistas
cearenses, por meio dos artigos publicados em O Povo e do Jornal do Médico
Digital, cobrindo o período de março a dezembro do ano de 2020.
Essa obra, em princípio, foi lançada no
formato de e-book, de livre acesso
público, sem qualquer interesse comercial em venda, via download, de exemplares.
Com a anuência de editores dos dois
jornais, passei, então, recorrendo a ligações telefônicas ou por e-mails
explicativos, a consultar os autores quanto à permissão da republicação,
encontrando excelente receptividade entre os que foram contatados, restando tão
somente a oficialização da autorização de meia dúzia dos autores.
Para a organização dessa edição
privilegiou-se o caráter cronológico em obediência à data de cada publicação,
mas na lista dos autores ao final da obra consta a contribuição de cada um. Os
créditos biográficos dos participantes ficaram limitados aos identificados nas
respectivas qualificações que acompanhavam seus trabalhos.
São 49
(quarenta e nove) autores que contribuíram com 86 (oitenta e seis) crônicas; a maioria (31) com apenas uma participação isolada; porém 18 autores entraram com duas ou mais crônicas, cabendo salientar
dois colaboradores que se fazem presentes nesta coletânea com sete crônicas
cada; um com cinco e outro incluindo quatro crônicas.
Como seria esperado, dos 49 (quarenta e nove)
autores colaboradores, houve a predominância dos profissionais de saúde, com 28 (vinte e oito) cronistas, observando
a seguinte composição: médicos (24), enfermeiras (2), farmacêutico (1) e
veterinária (1). Outras áreas tiveram as seguintes cifras: Exatas (6), Humanas
(10) e Sociais Aplicadas (5).
Foram 28 (vinte e oito) participantes envolvidos no magistério superior,
assim distribuídos: Fiocruz (2), Uece (13), UFC (8), Urca (1), Unichristus (2),
Uni7 (1) UniFB (1), dos quais cinco eram os dirigentes principais de seus correspondentes
estabelecimentos universitários.
Mesmo que se pudesse padecer de alguma
forma de bias de seleção da parte do
organizador dessa obra que não se pautou por critérios inerentes a uma
amostragem probabilística, o teor nela contido é bem representativo do que a
Covid-19 tem significado para uma substancial parcela de articulistas e de
formadores de opinião do Ceará.
Com a esperança de que tempos mais propícios
aportem com máxima brevidade na terra alencarina e que não se tenha mais a estimulação
para se escrever sobre essa pandemia, como um fato do momento em curso, mas sim
recorrendo um tempo passado, daquilo que foi, e, como tal, apontando a ultrapassagem
do transtorno, espera-se que os cearenses estejam mais fortalecidos para o
enfrentamento de embates desse naipe.
Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira 18
* Publicado In: Jornal do médico digital, 2(19): 38-40, novembro
de 2021. (Revista Médica Independente do Ceará).
RD-Novembro-2021-app.pdf (jornaldomedico.com.br)
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