Por Weiber Xavier
(*)
A RCP - ou reanimação cardiopulmonar - é um procedimento
salva-vidas de emergência realizado quando o coração para de bater. A RCP,
especialmente se administrada logo após a parada cardíaca, pode dobrar ou
triplicar a chance de sobrevivência de uma pessoa. Cerca de 90% das pessoas que
sofrem uma parada cardíaca fora do hospital morrem.
Manter o fluxo sanguíneo
ativo, ainda que parcialmente, amplia a chance para uma reanimação bem-sucedida
facilitando para que a equipe médica treinada ao chegar ao local tenha mais
sucesso.
Em apenas um ano, 475.000
americanos morreram de uma parada cardíaca. Globalmente, a parada cardíaca
atinge mais vidas que os cânceres colorretal, de mama e de próstata, a gripe, a
pneumonia, os acidentes automobilísticos, o HIV, as armas de fogo e os fogos
domésticos combinados. Mais de 350.000 paradas cardíacas ocorrem fora do
hospital a cada ano. De acordo com dados da American Heart Association - AHA,
quase 45% das vítimas de parada cardíaca fora do hospital sobreviveram quando a
RCP realizada por um espectador foi administrada. A maioria das paradas
cardíacas fora do hospital ocorre em locais públicos (39,5%), uma parte em
residências (27,5%) e asilos (18,2%). Infelizmente, apenas cerca de 46% das
pessoas que vivenciam uma parada cardíaca obtêm a ajuda imediata de que
precisam antes que a ajuda profissional chegue. Melhorar esse atendimento é uma
prioridade através do reconhecimento de parada cardíaca e ativação do SAMU 192,
RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas, desfibrilação rápida,
serviços médicos de emergência básicos e avançados, suporte avançado de vida e
cuidados pós-parada cardíaca. Uma forte cadeia de sobrevivência pode melhorar
as chances de sobrevivência e recuperação para vítimas de parada cardíaca.
O PERC (Programa de
Educação em Reanimação Cardiorrespiratória) é um projeto de extensão da
Faculdade de Medicina da UFC fundado em 2006, um dos pioneiros do País que visa
o treinamento e educação dos estudantes e da comunidade em técnicas de
reanimação e primeiros socorros através de cursos, treinamentos, estágios e
capacitações. É uma resposta cearense a um grave problema global que neste mês
celebra 22 anos de atividades; se você deseja se informar melhor acesse: www.perc.ufc.br/
(*) Médico
e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 17/10/2018. Opinião. p.20.
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