Edyla Maria Porto de Freitas Camelo nasceu em
Fortaleza em 15 de agosto de 1992.
Em 2010, ingressou no curso de Fisioterapia da
Universidade Federal do Ceará (UFC) vindo a
concluir em 2015, com a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) “Fisioterapia no
tratamento dialítico: uma revisão integrativa”, orientada pela docente Raimunda Hermelinda Maia Macena.
Durante a sua graduação, Edyla Maria foi bolsista da Ação de
Extensão "Programa da Saúde - PROSA TEEN" (2011-2012); bolsista de iniciação científica (2014-2015), participando da pesquisa intitulada "Fatores associados à prevalência
do HIV e das hepatites B e C na população de agentes penitenciárias que atuam
em unidades prisionais femininas no Brasil", tendo como orientadora a
professora Raimunda Hermelinda Maia Macena; e monitora
do Módulo Indivíduo Cultura e Sociedade e Saúde: Processo e Assistência (2015.1-2015.2).
Em 2012-13, ainda na
graduação, integrou o grupo de bolsistas da CAPES, como
participante do Programa Ciências sem Fronteiras, pelo qual cumpriu um ano de estudos
“Sanduíche” na Universidade de Aveiro, em Portugal, tutorada pela professora Alda Marques, incluindo estágios em Fisioterapia, com ênfase na área
musculoesquelética, neurologia e cardiorrespiratória no Hospital Dr. Francisco
Zagalo de Ovar e no Centro de Saúde de Ovar.
Em 2015, obteve êxito em disputado processo
seletivo, conseguindo vaga no Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva da Universidade
Estadual do Ceará (UECE), o que levou à antecipação de sua formatura na UFC,
tendo em vista o início das aulas em janeiro de 2016, ano em que realizou com
brilhantismo os créditos das disciplinas e estágios do programa. Em 2017, desenvolveu
a sua dissertação de mestrado intitulada “Qualidade de sono e independência
funcional em pacientes submetidos à hemodiálise”, sob a orientação da Profa.
Dra. Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes, defendida com louvor.
Empenhada em dobrar desafios, cruzou novamente
o Atlântico, em 2018, ao ser admitida no Doutorado em Fisioterapia da Universidade
do Porto, em Portugal, que dava andamento com o projeto de tese “Alterações renais
e musculares na nefrectomia unilateral com treinamento físico em ratos”, tendo
por orientador o Prof. Dr. José Alberto Ramos Duarte.
A sua crescente produção
científica registrada no Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/1401050375273204 constava das seguintes cifras: artigos completos
publicados em periódicos (4), capítulos de livros publicados (5), trabalhos
completos publicados em anais de congressos (3), resumos publicados em anais de
congressos (6) e apresentações de trabalho (18). Era fluente em espanhol e
inglês, condição que a habilitaria a futuras conquistas, além da Península
Ibérica.
Estudiosa e determinada em alçar voos de grande autonomia, Edyla Maria Porto parecia ter pressa
em galgar as sucessivas etapas de uma formação acadêmica e profissional de
sucesso, o que indicava a obtenção do doutorado antes de completar a sua terceira
década da vida.
Essa trajetória de vida foi bruscamente interceptada
em junho de 2019, quando foi acometida de insidiosa e solerte enfermidade, que
enfrentou com denodo e sem perder as esperanças de superação desse mal, dando,
inclusive, prosseguimento ao seu doutoramento.
A despeito da oportuna e bem-conduzida
assistência médica propiciada pelo Sistema de Saúde português, proporcionando cirurgia,
radioterapia e quimioterapia, observando os mais modernos protocolos de
atendimento, e não faltando o calor humano dos profissionais de saúde lusitanos,
que tanto se desdobraram em seus cuidados, não foi, entretanto, possível vencer
as tenazes então incrustadas na sua massa encefálica.
Como lenitivo, pode-se debitar que, no seu
último ano de vida terrena, Edyla Maria encontrou a carinhosa acolhida do seu
esposo Pedro Vieira Gurgel da Silva, com quem casara há poucos meses, e dos seus sogros José Gurgel Carlos
da Silva e Isabel de Fátima Vieira, que largaram seus afazeres no Brasil para
se fazerem presentes em momentos excruciantes da vida do jovem casal.
Ela voltou aos braços do Pai, quando contava
apenas 27 anos de idade, em 24 de abril de 2020, na cidade do Porto, em
Portugal. Contudo, em virtude das restrições viagens, decorrentes da presente pandemia de
Covid-19, o seu corpo não foi transladado para Fortaleza, sendo sepultada em
uma terra que tanto ela amava e tão bem a recebera.
Fortaleza, 25 de abril de 2020
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Ex-professor de Edyla e
tio de Pedro
3 comentários:
Marcelo,
Parabéns pelo texto. Ele faz jus a tudo que sabemos sobre a Edyla. Temos certeza que ela cumpriu sua missão na terra, mas que continuará suas ações no reino celestial.
Meuris e Laerte
Tive a oportunidade de conhecer a Edyla Maria Porto no Curso de Mestrado em Saúde Coletiva da UECE, em 2016, onde trabalho como secretária. E realmente ela era uma pessoa maravilhosa, boa e humilde de coração. Meus sentimentos a toda a sua família.
Respeitosamente,
Marnessa Santos.
Tive a oportunidade de conhecer a Edyla Maria Porto no Curso de Mestrado em Saúde Coletiva da UECE, em 2016, onde trabalho como secretária. E realmente ela era uma pessoa maravilhosa, boa e humilde de coração. Meus sentimentos a toda a sua família.
Respeitosamente,
Marnessa Santos.
Postar um comentário