Em 20 de novembro de 2000, a família do
Dr. Luiz Carlos da Silva sentiu a dor da perda terrena do seu patriarca que,
após 82 anos de profícua existência, retornara à Casa do Pai.
Nosso pai cumprira a sua missão entre
nós, tendo combatido o bom combate e guardado a sua fé em Deus, deixando um legado
de honradez e de integridade, que se transmitiu aos filhos que gerara com a sua
consorte Elda Gurgel e Silva, cujos laços matrimoniais foram rompidos à conta
do seu falecimento, depois de uma duradoura união, de mais de 53 anos.
Desse consórcio, resultou uma numerosa
prole de 13 filhos, dos quais dois fizeram parte do contributo à mortalidade na
infância, como parte da sina nordestina da época. Foram criados e educados 11
filhos, todos diplomados e bem reconhecidos por seus pares nos seus respectivos
campos de atuação exercidos. Infelizmente, ficamos irmanados no sofrimento
paterno quando o acompanhamos na prematura perda da sua primogênita Marta, aos
29 anos de idade, momento que se prenunciava um futuro profissional promissor e ela experimentava a alegria de ser mãe de um garoto de tão tenra idade, o nosso tão
amado Leo.
Nosso pai não amealhou um patrimônio
material compatível com a sua salutar competência jurídica e de notável educador,
porém a educação de seus filhos foi a maior herança que ele deixou aos seus
rebentos, benefício esse que vem se transmitindo aos descendentes, na sucessão
de gerações, alcançando seus netos e bisnetos.
Na celebração do seu centenário de
nascimento, se vivo fosse, Luiz Carlos da Silva estaria sobejamente orgulhoso
por verificar que aos seus quatro filhos bacharelados em Ciências Jurídicas
(Sérgio, Luciano, Magna e José) se aglutinaram mais sete netos operadores do
Direito (Leonardo, Germana, Paolo, Marcela, Natália, Serginho e André),
coroando assim a sua proficiente vida.
Ele estaria igualmente realizado como
educador, caso conosco estivesse, por verem tantos filhos seus atuarem no magistério
superior e, também, como beletrista e cultor do nosso vernáculo, predicados
claramente evidentes em seus desdobramentos celulares.
Poucos cidadãos de bem desta Terra da
Luz foram tão aquinhoados quanto ele em referências literárias produzidas por
seus familiares, admiradores, colegas e amigos e publicadas em formato de
livros ou artigos, condições essas que têm propiciado manter presentes nossas
lembranças, nesses vinte anos de incontidas saudades, desde quando foi chamado
de volta aos braços do Pai Eterno.
Naquela e em qualquer mesa “está faltando
ele e a saudade dele está doendo em nós...”.
Marcelo
Gurgel Carlos da Silva
Filho
de Luiz Carlos da Silva
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