Por Rodrigo Marinho (*)
O
meu último artigo nesse espaço fiz questão de tratar sobre o tema das escolas
fechadas e dos diversos estudos publicados que comprovavam
cientificamente que as escolas não eram propagadoras da contaminação do vírus e
que deveriam voltar imediatamente.
Grande
parte dos alunos retornou a escola e com um volume ainda maior do que havia
voltado da última vez nas aulas presenciais.
Mesmo
com o comparecimento dos alunos, o número de infectados por
Covid não aumentou, na realidade diminuiu, o que deixa ainda mais claro que os
alunos nunca foram culpados pelo aumento de casos.
Entretanto,
até hoje o ensino médio e o ensino da rede pública permanecem
fechados sem qualquer justificativa.
Os
membros do grupo Escolas Abertas demandaram judicialmente o Estado do Ceará
para que voltasse, imediatamente, a atender os alunos do
ensino médio nas nossas escolas, tendo, inclusive, tido liminar deferida nesse
sentido, porém logo em seguida a decisão foi revogada.
A
tese apresentada pelo grupo e apoiada pelo Ministério Público do Ceará, com
base nos estudos científicos, é que as aulas deveriam voltar
imediatamente, já que causam prejuízo psiquiátrico aos nossos estudantes e que
as escolas não são foco de contaminação.
Um
dos pontos que tratei no meu último artigo é que deveria ser mudada a
ordem de vacinação para as aulas voltarem, permitindo que os
professores fossem atendidos com a maior rapidez possível.
Isso
de fato ocorreu, porém, até o presente momento tanto os alunos do ensino médio
da rede privada, como os alunos das escolas da rede pública de
Fortaleza não voltaram a ter aulas.
Desde
o dia 19/3/2020, os nossos alunos da rede pública, seja do ensino infantil,
fundamental e médio não comparecem presencialmente às escolas, o mal que isso
pode ter causado é incomensurável e, provavelmente, nunca será
sanado.
Uma violência contra
a vida dos nossos jovens vem sendo cometida e precisa acabar imediatamente,
nossos alunos, seja do ensino médio da rede privada, seja do ensino da rede
pública, precisam voltar a estudar presencialmente e as aulas precisam voltar,
para todos!
(*) Advogado.
Fonte: Publicado
In: O Povo, de 11/6/2021. Opinião. p.20.
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