Elda Gurgel Coelho nasceu em 11 de setembro
de 1930, em Senador Pompeu, no Ceará, sendo a segunda filha do casal Paulo
Pimenta Coêlho e Almerinda Gurgel Coêlho.
Acompanhou os pais em sucessivas mudanças de
residências, empregos e viagens da família. Por volta de 1936, sua família veio
residir em Fortaleza.
Elda cursou na capital
cearense o Primário no Grupo Escolar São Gerardo e o Ginasial no Colégio da
Imaculada Conceição e no Colégio Santa Isabel.
No início de 1946, Elda começou
a namorar o Prof. Luiz Carlos da Silva, o Silva, ficando noiva logo em
setembro. Nessa ocasião, ela era da Guarda de Honra feminina da Igreja Nossa
Senhora das Dores e ele, Filho de Maria, dessa igreja.
Em 8 de fevereiro de 1947,
Paulo Pimenta Coêlho morreu. Sem a imagem e o apoio moral, emocional e
financeiro do seu pai, Silva e Elda anteciparam o casamento para 14 de agosto desse
mesmo ano, em uma cerimônia simples.
Os nubentes foram morar
nas dependências do Instituto Padre Anchieta, uma casa situada à rua Justiniano
de Serpa, nº 53, de frente para a Praça do Otávio Bonfim. Os primeiros anos de
vida em comum foram bem difíceis, coincidindo a contenção de numerários com a
sucessão de gestações, principiadas logo após a consumação nupcial, compondo
uma prole de treze filhos.
A trajetória de vida de D.
Elda, entretanto, não se restringe ao relato de seu “glorioso” passado
reprodutivo. Ela foi o esteio para a criação e a educação de tantos filhos,
hoje homens feitos, maduros, convertidos em cidadãos de bem e de largo crédito
no seio social cearense.
No entremeio de muitos
afazeres domésticos, D. Elda ainda achou tempo para voltar a cultivar seus dons
artísticos e para assumir compromissos religiosos e comunitários na Paróquia de
Nossa Senhora das Dores, participando de diferentes pastorais e exercendo o
Ministério Extraordinário da Eucaristia, por anos a fio.
Em agosto de 1972, o
casal Luiz e Elda comemorou as Bodas de Prata da união matrimonial. Naquele
momento, Paulo já se formara em Medicina e os três filhos subsequentes (Marta,
Márcia e Marcelo) eram universitários, prenunciando o caminho a ser trilhado
pelo restante dos filhos.
As celebrações das Bodas
de Ouro do casal, em agosto de 1997, reuniram toda a descendência do casal, constituída
de filhos e netos, e revelaram, para júbilo dos progenitores, famílias bem
constituídas e todos os filhos diplomados e profissionalmente bem
estabelecidos.
Nos quinze anos seguintes
ao desaparecimento de nosso pai, extraído do convívio familiar em 20 de novembro
de 2000, Dona Elda passou a dedicar-se mais intensamente aos seus trabalhos de
tapeçaria, assumindo, na viuvez, a postura de “matriarca” da família, sendo festejada
e cortejada por seus diletos filhos, bem como seus genros e noras, a quem os
acolhia, com alegria, nos encontros domingueiros da família.
Nos seus derradeiros
anos, marcados por insidiosa enfermidade, que gradualmente comprometia a sua
capacidade cognitiva, ela sofreu, com resignação e estoicamente, diferentes
agravos que minaram progressivamente a sua saúde física; porém, encontrou no
carinho dos filhos o alicerce para manter-se fiel ao cumprimento das virtudes
teologais que pautaram a sua longa existência, finda na madrugada de 9 de abril
de 2022, quando a linha isoelétrica do eletrocardiograma acusou a sua partida
ao encontro do nosso Pai Eterno a ser por Ele recebida nos páramos celestiais.
Requiescat in pace,
querida “matriarca”.
Marcelo
Gurgel Carlos da Silva
Filho de Elda Gurgel
* Texto lido ao término da Missa de corpo presente de Elda Gurgel e Silva, celebrada no Complexo Velatório Ethernus, em Fortaleza, em 10/04/2022.
Um comentário:
Nesta hora de perda e dor eu quero prestar meus sentimentos a toda a família.
Madson Hermanny (Filho de Niná Carlos)
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