A Academia
Cearense de Medicina (ACM), fundada em 12 de maio de 1978, foi inaugurada com
26 membros fundadores. Com passar dos anos e de sucessivas reformas
estatutárias, o seu quadro social foi sendo ampliado e hoje, pelo Estatuto
vigente, consta de 70 cadeiras, das quais 69 foram instaladas, recebendo, pelo
menos, um primeiro ocupante. A cadeira 70 ainda não foi formalmente criada em
obediência ao disposto na ACM, em suas bases legais, que estabelece que membros
titulares fundadores se tornem, oportunamente, patronos de novas cadeiras.
Das 69 cadeiras
existentes, 62 estão ocupadas, restando sete vagas, decorrentes de falecimento
ou de mudança de estado funcional de ocupantes anteriores. Nos últimos anos
essas vagas se acumularam e não foram preenchidas, diante da impossibilidade de
escrutínio presencial, em função da pandemia de Covid-19 que assola a população
cearense, não sendo prudente expor os ativos confrades ao novo coronavírus.
O perfil etário
dos atuais 62 membros titulares (MT) ativos
da ACM exibe uma amplitude de variação da ordem de 30 anos. O Acad. Ricardo
Pereira Silva que no Ano-Novo passou a ser sexagenário é o mais novo MT,
enquanto o Acad. Djacir Gurgel de Figueirêdo, o único MT nonagenário, oferece a
todos do sodalício o exemplo de uma longevidade produtiva e em plena lucidez,
que muito enobrece
a ACM.
Considerando a
data de 1º/01/2022, a idade média dos titulares está alta, da ordem de 72,8
anos. Tendo em conta as décadas de vida, 22 (35,5%) são octogenários, 25 (40,3%)
septuagenários e 25 (40,3%) sexagenários.
Se se aplicasse na ACM a idade-limite de 75
anos, determinada pela chamada “Lei da Bengala”, para fins da aposentadoria
compulsória dos servidores públicos, perder-se-ia um pouco mais da metade dos seus titulares,
pois 32 (50,8%) seriam atingidos e excluídos, configurando-se uma
descabida injustiça contra pessoas social e intelectualmente proativas.
Na verdade, a
despeito do avanço etário de parte dos MT, a larga maioria deles conserva-se
ativa, profissional e cientificamente, o que engrandece a ACM. Ademais, a
convivência de médicos de diferentes gerações, cobrindo 30 anos, é deveras
salutar aos que integram a ACM.
Afinal, em obediência
ao disposto em seu lema “Altiora semper petens”, a ACM deverá prosseguir
no propósito traçado de manter os pensamentos sempre elevados.
Acad.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira 18
* Publicado In: Jornal do médico digital, 3(23): 32-33, março de
2022. (Revista Médica Independente do Ceará).
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