sexta-feira, 1 de abril de 2022

FOLCLORE POLÍTICO LXXIII: Porandubas Políticas 627

Abro a coluna com uma historinha do cozinheiro Belarmino, de Fortaleza, Ceará.

Pulé roti

O negro Belarmino era um cozinheiro cheio de pompa e orgulho. Trabalhava no antigo “Hotel de France”, em Fortaleza. Quem o azucrinava com sua cor, ele não deixava por menos: “roupa preta é que é roupa de gala“. E arrematava: “penico também é branco“.

Chegava um cliente, esnobava no francês: “Que tal um puassom (poisson, peixe) com petipuá (petit pois, ervilha)“? Mas nunca conseguiu entender que poulet rôti é frango assado e não simplesmente frango.

Transferido para a Pensão do Bitu, reclamou ao patrão, logo no primeiro dia, ao passar diante do galinheiro: “seu Bitu, me dê a chave da despensa para eu tirar o mio, pois inté essa hora, os pulê roti estão tudo em jejum“.

(Historinha narrada pelo bem-humorado Leonardo Mota em Sertão Alegre.)

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

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