Abro a
coluna com uma historinha do cozinheiro Belarmino, de Fortaleza, Ceará.
Pulé roti
O negro
Belarmino era um cozinheiro cheio de pompa e orgulho. Trabalhava no antigo
“Hotel de France”, em Fortaleza. Quem o azucrinava com sua cor, ele não deixava
por menos: “roupa preta é que é roupa de gala“. E arrematava: “penico também é
branco“.
Chegava
um cliente, esnobava no francês: “Que tal um puassom (poisson, peixe) com petipuá (petit
pois, ervilha)“? Mas nunca conseguiu entender que poulet rôti é frango assado e não simplesmente frango.
Transferido
para a Pensão do Bitu, reclamou ao patrão, logo no primeiro dia, ao passar
diante do galinheiro: “seu Bitu, me dê a chave da despensa para eu tirar o mio,
pois inté essa hora, os pulê roti
estão tudo em jejum“.
(Historinha
narrada pelo bem-humorado Leonardo Mota em Sertão Alegre.)
Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).
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