Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)
Neste mês
dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, celebramos também uma festa
importantíssima, Pentecostes. A efusão do Espírito Santo fruto do amor do
Pai e do Filho, que é derramado sobre a Igreja primitiva, sobre os Apóstolos e,
a cada ano pelo desejo de Nosso Senhor, sobre todos nós que queremos receber
esse Espírito Santificador.
O Novo
Testamento nos coloca diante de duas narrativas sobre Pentecostes. João faz
questão de dizer, sem ter medo de se incluir, que estando os discípulos
reunidos com as portas fechadas por medo dos judeus, Jesus
Ressuscitado apareceu e sobrou Seu Espírito sobre eles. O Evangelista tem
o propósito de nos mostrar que a efusão do Espírito Santo com os dons, sua
força e graça é fruto e dom da própria ressurreição do Senhor (cf. João
20,19-23).
Pentecostes é
um derramamento do amor de Deus em nós, estabelecendo a eterna aliança de
vivermos na graça do Cristo Ressuscitado. O Espírito Santo, que vem a nós
para nos ajudar na grande missão "Ide por todo mundo pregai o Evangelho,
anunciai a boa nova a toda criatura" (cf. Mc 6,15-20).
Lucas marca
profundamente que "quando chegou o dia de Pentecostes,
os discípulos estavam reunidos em um mesmo lugar, de repente veio do
céu um barulho como se fosse uma forte ventania, e começaram a falar em outras
línguas, de repente veio um barulho como se fosse uma forte
ventania".
Manifestação de
Deus onde estavam Maria e os discípulos clamando o Espírito Santo, para fazer
forte o que é fraco. Para tirar o medo dos que estavam com as portas fechadas.
Para curar qualquer sentimento de remorso que os Apóstolos estavam sentindo por
terem abandonado o Mestre. Eles foram curados no dia de Pentecostes, então o
Espírito de Deus cura. As línguas de fogo repousaram sobre a cabeça
deles, e eles receberam os dons, carismas e graças e todos ficaram cheios do
Espírito Santo.
Precisamos
viver iluminados na Sabedoria de Deus. Precisamos da inteligência que vem
de Deus. Precisamos do conselho para nos aconselharmos n'Ele. Da
mesma forma, precisamos da fortaleza. A pandemia que vivemos nos tirou a
confiança, a persistência, questionamos a Deus e a nossa fé balançou, então
necessitamos muito desse dom. Precisamos do temor a Deus, que como
dizem os santos, é o primeiro dom para quem quer progredir. Esse dom que nos
afasta do pecado e aumenta em nós o respeito filial e o amor pelo Senhor.
Vem, Espírito
Santo, sobre nós!
(*) Fundador e presidente da
Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de
Guadalupe, em Curitiba (PR).
Fonte: O Povo, de 18/06/2022. Opinião. p.14.
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