Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
* Quando vejo as crianças de hoje com
suas habilidades nos games dos computadores, com a coordenação motora treinada
e aguçada, fico pensando se esta não seria outra forma de alfabetização, uma
nova maneira de aprendizado para futuras gerações.
* O quis socrático do por quê? É hoje
tão atual quanto à época em que foi proferido.
* Os ensinamentos éticos e morais
permanecem os mesmos e não mudam ao sabor de princípio, presépio ou palanques,
não importa se pré-armados ou arrumados.
* Não seja politicamente correto –
escrever sem emoção ou para angariar simpatia da maioria ou tentar ganhar mais
leitores.
* Alfabetizei-me na cartilha do
tipo Ivo viu a uva, ou coisa semelhante. Dos cadernos de
caligrafia, lápis de grafite, pena de molhar na tinta, caneta-tinteiro,
mata-borrões, máquina de escrever, editores
de textos, e o processo de escrita não mudou nada, pois a anatomia humana
permanece a mesma.
* A língua portuguesa é a mais difícil
do mundo. Acho-a nem mais fácil, nem mais difícil que quaisquer das outras.
Para cada povo as línguas maternas são iguais nas dificuldades, pois enxergamos
nela (sendo sua e que você tem obrigação de saber) os enigmas, as belezas e as
armadilhas da dificuldade de falar de nós mesmos.
* Quando jovem, busquei ler tudo que
me vinha às mãos numa velocidade ansiosa como se com isso conseguisse vencer a
batalha contra a imensidão da minha ignorância.
* Passei a ler tão rápido que os
personagens não eram pela minha mente, nomeadas e sim reconhecidos pela
morfologia gráfica dos nomes.
* Dividido entre a Literatura e a
Medicina, somente descansei quando uma boa alma assim me falou: “Não se
preocupe, quando você tiver tempo de ler os principais jornais e revistas médicas
da sua especialidade não necessitará ler mais nada… dela”.
* Diferente de outras Artes a
Literatura começou com a história do Homem.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE), da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES) e da Academia Recifense de Letras. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).
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