Abro a
coluna com um “coroné” das Minas Gerais.
Eclipses? Aqui não
O
coronel Zé Azul, chefe político de São Gonçalo do Abaeté, em Minas, era
candidato a prefeito pela UDN, às vésperas de um eclipse do sol que a imprensa
vinha prevendo para começo do ano seguinte, como o mais forte já visto no
Brasil. O medo generalizou-se. Espraiavam-se relatos de crianças que iam nascer
defeituosas, galinhas que deixariam de pôr ovos, cabritos que não mais
berrariam e a cachaça que ficaria envenenada. No dia 1º de outubro, o coronel
Zé Azul fez o último comício da campanha e acabou com um juramento sagrado:
– Pode
ser que, na prefeitura, a partir de janeiro, eu não consiga fazer tudo que
pretendo por esta terra. Mas juro para vocês que meu primeiro decreto será
proibir definitivamente eclipses em São Gonçalo do Abaeté.
Ganhou a
campanha.
Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).
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