Antero Coelho Neto (*)
E também muitos me perguntam: “o que podemos fazer para
melhorar a nossa saúde?”. Sempre tenho respondido e muito tenho escrito sobre
este tema, dizendo que a melhor maneira que temos para isto é, assumir
determinadas condutas já conhecidas e planejar e executar bem o nosso futuro.
Não existem formas simples e mágicas.
O mundo civilizado desde há muitos e muitos anos, sabe
que devemos pensar no futuro e que podemos modificá-lo de acordo com o chamado
“jogo do conhecido, desejado e possível”.
E muitos estão de acordo que temos diferentes futuros e
que devemos e, muitas vezes podemos, escolher o que mais se adéqua aos nossos
desejos e possibilidades.
Pensar em futuro não é luxo como muitos alegam como
desculpa. Somos mais sofredores na medida em que não fazemos os nossos planos
para o futuro. Somos mais doentes quando não adotamos estilos de vida saudáveis
e não fazemos a prevenção das doenças possíveis e não evitamos os fatores
físicos, químicos e biológicos. Morremos mais cedo na medida em que não
pensamos no futuro e não fazemos planos de vida futura.
O nosso futuro, meus amigos, deve ser planejado para que
se possa alcançar mais momentos de satisfação e felicidade.
E ele pode ser modificado sim. Pensar no futuro é uma
obrigação de todos. Pai de família, vamos pensar no futuro? Sra. Presidente do
Brasil e senhores políticos responsáveis, vamos pensar no futuro do nosso país,
ou apenas continuar com medidas paliativas atuais nas perspectivas das próximas
eleições ? Sim, porque cada Presidente no Brasil faz seu plano, quando faz,
para “ele ou eles” e não para o futuro do país.
Os “gritos” dos sofridos e as “pedras” dos “black blocs”
apareceram, antes do esperado por muitos. Os efeitos estão aparecendo e as
causas vêm aumentando rapidamente, como temos destacado neste Jornal.
Vamos evitá-las para a melhoria de nosso país? Porque os
efeitos virão maiores e mais dramáticos se o nosso comportamento não mudar.
Claro que não é fácil pensar e modificar os nossos
futuros alternativos. Certo que, torna-se cada vez mais difícil manobrar as
variáveis condicionantes e intervenientes. Mas é possível acertar sim e,
diminuir os erros durante o caminho.
Planejar futuro não é fazer o plano e ficar parado
esperando que ele dê certo.
Há alguns anos atrás, recebi através de uma sociedade
futurista, da qual faço parte, o plano da Mitsubishi para daqui a 100 anos.
Sim, um século para o futuro. As empresas pensam assim e o nosso governo não.
Claro que o plano poderá e deverá ser adaptado com o
passar dos anos mas demonstra a responsabilidade da empresa para com o seu
futuro e, conseqüentemente, com o dos seus clientes, empregados e assim sendo,
também com todo o povo japonês.
No meu livro, “O Futurista e o Adivinho”, publicado em
2001, escrevi sobre o que seria possível e desejava para o Brasil, que chamei
de “Futurolândia”, para o ano 2010. Acertei pouco. Depois eu conto alguns
detalhes importantes do que não aconteceu. E por que não.
Mas muito pode ser feito pelas próprias pessoas, indivíduos
e famílias, em pensar no futuro e tentar uma melhor saúde e maior longevidade
com a qualidade de vida desejada, como já destaquei em artigo anterior.
Vamos utilizar esta prática em nossas casas e também
exigir que os nossos dirigentes também pensem assim. Se nós exigirmos, eles
terão que pensar no futuro. Sim, porque “o futuro é nosso” e os governantes
também são nossos e não, nós deles.
“Está escrito o que vai suceder amanhã”, é fatalismo
ultrapassado e conformista.
(*) Médico, professor
e ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 4/09/2013.
p.6.
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