domingo, 27 de outubro de 2013

MÚLTIPLO USO DAS DST NA MEDICINA



Conta-se que, na Faculdade de Medicina da UFC, no limiar dos anos setenta, um acadêmico fez uma revisão bibliográfica sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), a fim de servir como tarefa para a Nota de Trabalho Individual (NTI) da Disciplina de Medicina Social, ministrada no segundo ano do curso, obtendo com ela um bom conceito, nessa avaliação.
Contente com o resultado, e ciente da potencialidade do tema, comum a diferentes matérias, o aluno aproveitou a sua revisão, com a devida substituição da capa, para servir de NTI, de semestre a semestre, até ingressar no Internato, nas diversas disciplinas, como: Bioagentes Patogênicos, Iniciação ao Exame Clínico, Clínica Médica, Doenças Infecciosas, Dermatologia, Ginecologia, Urologia etc. Em alguns casos, no entanto, foi necessário fazer alguns cortes do trabalho original, ajustando-o ao escopo da disciplina da vez.
É bem verdade que o assunto tratado faz interfaces com diversos campos ou especialidades médicas, mas a esperteza nunca foi descoberta, porquanto, à época, as turmas já eram numerosas, repletas de alunos transferidos, o que demandava esforços tremendos da Coordenação do Curso, para oferecer matrículas e créditos suficientes a tantos discentes. Além disso, não havia diálogo dos regentes das disciplinas vinculadas a distintos departamentos acadêmicos, e nenhum colega quis “entregar” o sabido.
Desconhece-se, hoje, se esse médico tenha também abraçado a Venereologia, como campo de atuação profissional.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sobrames-CE e da ABRAMES
* Publicado In: SOBRAMES – CEARÁ. Letras que curam. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2013. 328p. p.222-3.

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