Na Faculdade de Medicina da UFC, por volta
de 1970, o Prof. Viliberto
Porto ministrava aula de anatomia do tórax, quando foi
interrompido por um estudante, com uma pergunta muito intrigante:
– Professor, qual é a distância do hímen até
os grandes lábios?
– Você quer saber a profundidade, a partir do
exterior? – respondeu com uma pergunta, para
melhor esclarecer a dúvida do acadêmico.
– Sim, mestre! É isso exatamente! – falou o aluno curioso.
– Ah, isso depende, porque há variações
individuais, raciais e, sobretudo, etárias –
explicou o docente.
– Professor, para uma mulher de 18 anos, de
quanto é essa distância?
– É, em média, de 2 a 3 centímetros – concluiu o Prof. Viliberto.
O mestre, considerando inoportuna e
extemporânea a questão, inquiriu o perguntador:
– Mas por que você quis saber essa informação,
se o tema da aula de hoje não é anatomia ginecológica?
Antes que o acadêmico explicasse o motivo da
sua dúvida, os colegas sentados próximos a ele perceberam que o rapaz, com o
indicador direito em riste, e usando o polegar, como se fosse medir uma
determinada marca invisível, pronunciou, com um misto de decepção e de revolta:
– Que sacana! Ela me enganou: não era mais
moça, não!
O que ele não disse foi se estava se
referindo à idade, ou à integridade himenal da suposta donzela.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sobrames-CE e da ABRAMES
* Publicado In:
SOBRAMES – CEARÁ. Letras que curam. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2013.
328p. p.222.
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