ACADÊMICO EMÉRITO
Meraldo Zisman: (*) Cadeira 40
Saúdo a
presidente Juçara Valverde e
cumprimento os presentes, em todos os graus, circunstâncias e méritos que o destino
designou a cada um de vocês.
Senhoras
e Senhores,
Sei que o
amor é o maior dos sentimentos, que me conduz por onde eu vou, nas seguidas
alamedas e variadas veredas desta louca, apaixonável e apaixonante vida.
Mas, além
do amor, há duas outras áreas de atuação humana que adoro cultivar e cultuar,
que são a Medicina e a Literatura.
A
gratidão é uma virtude, um sentimento, que precisa ser continuamente cultivado
e desenvolvido e deve ser considerado como um hábito diário. Muitas vezes não
nos lembramos de agradecer e apenas reclamamos da vida.
Os sábios
nos ensinam a agradecer tanto as coisas boas como as coisas ruins, por
compreenderem que tudo o que acontece é positivo e que tudo segue um plano
superior do qual sempre extraímos lições, mesmo das dificuldades, que são como
esmeris nos purificando e desenvolvendo virtudes em nosso interior.
Ensinou-me
a vida que:
"Quando
nos tornamos gratos, recebemos mais. Quando expressamos nossa gratidão,
recebemos ainda mais. Essa é a lei da natureza".
Para ser
grato é preciso ter sensibilidade, humildade, enfim, é preciso ter amor, o mais
nobre e completo dos sentimentos. E porque eu tenho amor, chegou o momento de
agradecer.
Agradecer
a honra recebida hoje, dia 26 de novembro de 2012, quando sou investido pelos
meus confrades da Academia na condição de Acadêmico Emérito da Academia Brasileira de Médico Escritores.
Agradecer
também à vida - que não é feita de anos e sim de momentos - e eu tive momentos
bem felizes ao longo de todos os longos anos que já vivi.
Mas devo
tudo ao amor de meus poucos leitores. Amor de leitores que apoiaram,
comentaram, torceram, ajudaram, incentivaram e apontaram que meus escritos –
minha grande paixão – ainda fazem diferença na vida das pessoas - e isso não
tem preço.
Através
de meus esforços literários, aprendi também que a duração da vida, seja ela
curta ou longa, é sempre breve, pois não se deve contar a duração da vida pelo
simples somatório dos anos vividos.
Sem amar
a vida, eu não conseguiria compreender novamente o amor. E, sem isso, eu seria
incapaz de enxergar os meus outros amores. Assim, é graças ao amor à vida que
eu estou de pé aqui, hoje, agradecendo o amor que vocês demonstraram por mim.
Dedico
esta comenda aos que me incentivaram a escrever e a Maria das Graças Matos
Zisman, minha mulher.
Obrigado
Rio de Janeiro, 26.11.12
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco.
Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE)
e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).
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