Por Tales de Sá
Cavalcante (*)
Vem aí a chamada "Copa do Mundo". Que
seja o Brasil o campeão do planeta. No futuro, saberemos se existem
extraterrestres a praticar futebol e se o melhor é do globo ou do
mundo. Para brilharmos em 2022, necessária será adequada escolha de atletas e
comissão técnica.
Analogamente, após as próximas eleições, o
país só estará bem se houver correta escolha para os cargos de presidente,
governador, senador e deputado. E que atributos deve possuir o candidato ideal?
Feitas algumas inquirições, obtive vários: honestidade com rigor; postura
condizente com o cargo; atitudes de estadista e democrata; inteligência;
civilidade; empatia; controle emocional; criatividade; ética; competência;
liderança; coerência; boas ideias e propostas; espírito inovador; prudência;
amor à leitura, ao meio ambiente e aos valores humanos e sociais; articulação
política; capacidade dialógica e gestora; transparência; dedicação à educação,
saúde, ciência e cultura; responsabilidade; trânsito em todos os setores; bom
senso e bom humor; conhecimento e experiência na área de ação; coragem;
fluência na comunicação; e, ainda, resiliência e rapidez nas decisões, a
seguir Cervantes, quando D. Quixote nos ensina: "Na tardança dizem
que sói estar o perigo."
O mentor ideal é um líder nível 5,
que, no conceito de Jim Collins, possui as capacidades daquele de nível 1
(individuais), nível 2 (as de equipe), 3 (de gestão), 4 (liderança) e ainda é
humilde. Em tempos mais seguros, solicitei ao meu pai, Ari de Sá Cavalcante,
que seu carro me levasse a algum lugar, e ele, numa de suas tiradas, respondeu:
"Vá de ônibus, para sentir o cheiro do povo." Em outras palavras,
dizia: "Aprenda a se sentir igual e amar os que lhe são iguais."
Os escolhidos são representantes de
pessoas e, portanto, devem delas gostar, ter empatia e trazer para si a dor e a
alegria de todos, como se filhos seus fossem. Eles precisam
sentir-se felizes quando em grupo, importar-se com as histórias de
nossas vidas e achar-se os responsáveis pela futura ascensão dos excluídos.
Assim, teremos o prazer de votar em gente da gente.
(*)
Reitor do FB UNI e Dir. Superintendente
da Org. Educ. Farias Brito. Membro da Academia Cearense de Letras.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 22/09/22. Opinião, p.20.
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