Por
Assim em Fortaleza, assim no
Brasil.
O lanterninha de cinema era um
profissional que, munido de uma lanterna, tinha a função de acompanhar as
pessoas que chegavam atrasadas a uma sessão de cinema para lhes mostrar onde
havia poltronas vagas.
Como as luzes do interior do cinema já
estavam apagadas para a projeção do filme, os lanterninhas utilizavam-se de
lanternas. E, devido a esse intermitente apagar e acender de lanternas, eram
também chamados de vaga-lumes.
Quando alguém desejava ir ao banheiro
também ofereciam ajuda indicando o caminho.
Aos casais mais afoitos, dispostos a
incensar o altar de Vênus, usavam o facho para baixar o facho daqueles que
ousavam.
Aos palradores exigiam silêncio, ou seriam
de imediato postos para fora.
E cumpriam também o trabalho de um
"juizado de menores". Com os menores de idade que, tendo ludibriado o
porteiro, não podiam na sequência lhes fazer "vista grossa".
Hoje, esses acomodadores de cinemas e
teatros foram substituídos pela iluminação nos degraus que levam às poltronas.
E a disciplina? Bem, fica por conta da consciência dos espectadores.
Uma exceção:
No Cine Familiar, da minha adolescência
em Otávio Bonfim, não havia lanterninhas. E da moral e dos bons costumes, ora,
supervisionava a observância o próprio Frei Teodoro.
(*) Médico
pneumologista, escritor e blogueiro.
Postado
por Paulo Gurgel no Blog Linha do Tempo em 20/08/2023.
http://gurgel-carlos.blogspot.com/2023/09/lanterninhas-de-cinema.html
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