terça-feira, 12 de setembro de 2023

SOU CONSERVADOR

Por Rev. Munguba Jr. (*)

Em uma era inclinada em direção à mudança constante e ao progresso a qualquer custo, confesso com orgulho: sou conservador. Isso não significa que rejeito o progresso ou me oponho à mudança, mas valorizo a preservação das tradições e dos princípios que moldaram a nossa sociedade e que nos trouxeram até aqui.

O conservadorismo é frequentemente mal compreendido como mera resistência ao novo, quando, na verdade, é um compromisso com a prudência e temperança. Respeita o legado recebido e procura evitar mudanças precipitadas, reconhecendo que as sociedades são construídas ao longo de séculos e não podem ser reformuladas rapidamente sem consequências desastrosas.

Valorizar o passado não significa ignorar seus erros, mas usar esses erros como um trampolim para um futuro melhor. Acredito firmemente na importância de manter os princípios que formam a base da moral e da ética, como a dignidade do indivíduo, o respeito pelas leis, a importância da família e da religião na formação da sociedade.

Ser conservador também significa promover a liberdade individual e limitar a interferência do estado na vida das pessoas. Essa liberdade é, na minha opinião, a chave para uma sociedade saudável e próspera.

Entendemos a relevância dos ensinamentos de Cristo como base da nossa sociedade de uma forma cristalina; princípios como a valorização da mulher, antes sem valor e vivendo como objeto; a implantação da paz nas relações interpessoais, bem como no ordenamento jurídico abolindo a Lei de Talião do "olho por olho e dente por dente"; os mais completos pilares de liderança; o conceito de propriedade privada e a liberdade para empreender e ser feliz.

Como conservador, aprendi a respeitar a todos e a conversar e debater sobre ideias e nunca perseguir ou desprezar pessoas. As pessoas devem ser prezadas. Humilhar, perseguir, menosprezar e calar o diferente é impensável na visão conservadora.

Quando vejo escrito a expressão "Ditadura de Direita", me causa náuseas. Ditadura e Conservadorismo não cabem na mesma frase. A liberdade é o centro do conservadorismo.

Em última análise, ser conservador é acreditar que a tradição, a prudência e a liberdade são essenciais para o progresso. É uma escolha por valorizar o passado e o presente, garantindo um futuro melhor.

(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador Cristão da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil e presidente da Igreja Batista Seven Church.

Fonte: O Povo, 5/08/2023. Opinião. p.18.

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