Em 23 de maio de 2009, publicamos In: O Povo. Jornal do Leitor. p.3, o
artigo “Uma Igreja para o Padre Haroldo”, no qual conclamamos o Padre Haroldo
Coelho a retomar as obras e soerguer a Igreja de São Francisco de Assis,
paralisada há mais de cinquenta anos.
Em nosso julgamento, isso poderia ser um grande
desafio para o Pe. Haroldo Coelho, então vigário coadjutor da paróquia a que
pertence essa igreja. Esse feito, somado ao engajamento político e social desse
prelado, um defensor permanente dos descamisados e dos marginalizados,
dar-lhe-ia, certamente, uma dimensão pública ainda maior, além do
reconhecimento dos fiéis e dos devotos franciscanos.
Ao final do artigo, provocamos: “Que venha a nova
igreja: que se acerque do pastor um novo rebanho de ovelhas, munidas de fé e
transformadas, de fato, em instrumento de paz, como quer a Oração de São
Francisco. Por conseguinte, mãos à obra, Pe. Haroldo.”
Infelizmente, o Pe. Haroldo, talvez pela idade, já
tendo entrado na oitava década da vida, ou por outras razões motivacionais, a
exemplo do seu envolvimento direto nas grandes causas sociais, não aderiu à
proposição pública que apresentáramos. No entanto, pensamos que tal inação não
diminuirá o legado, político, social e religioso, que ele deixa ao povo
cearense, com sua súbita e inoportuna partida, em 11 de janeiro de 2013,
submisso à orfandade, tomado de um sentimento de intensa perda.
A edificação em epígrafe está sendo cuidada,
atualmente, pelo Pe. Bezerra que,
aos poucos, vem fazendo reparos na estrutura corroída pelo tempo e captando
recursos com a intenção de concluir essa obra inacabada. Temos sido testemunhas
desse desmedido esforço do Pe.
Bezerra, e, dentro do possível, nossa família tem-lhe
emprestado o apoio material, com vistas à concretização do sonho do Pe. Hélio
Campos.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro
da Sociedade Médica São Lucas
* Publicado, com ajustes, In: Boletim Informativo da Sociedade Médica
São Lucas, 9(67): 5, fevereiro de 2013.
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