Ministro
japonês causa polêmica ao dizer que idosos devem 'se apressar e morrer'
TÓQUIO - Um dos integrantes mais antigos do governo
japonês, o ministro das Finanças, Taro Aso, causou polêmica no país ao sugerir
que os idosos são um dreno desnecessário nas finanças do país e deveriam
"morrer" para poupar gastos do governo com a saúde pública.
Taro Aso causa
polêmica com declaração sobre idosos. Koji Sasahara/AP
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"Deus nos livre se você é forçado a viver quando quer
morrer. Eu acordaria me sentindo cada vez pior sabendo que (meu tratamento) foi
todo pago pelo governo", disse Aso na segunda-feira, durante reunião do
Conselho Nacional de Reformas da Segurança Social, de acordo com o jornal
britânico The Guardian. "O problema não será resolvido a não ser
que você deixe que eles se apressem e morram."
O ministro, de 72 anos, também disse que recusaria qualquer
tratamento médico para prolongar a própria vida. "Eu não preciso desse
tipo de tratamento", afirmou Aso, acrescentando que escreveu uma carta aos
seus familiares informando-os dessa escolha.
No Japão, quase 25% dos 128 milhões de habitantes têm mais
de 60 anos. A proporção aumenta para 40% ao considerar a população com mais de
50 anos.
As declarações de Aso foram consideradas um problema para o
novo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, obrigado a deixar o cargo em seu
primeiro mandato em 2007 devido a declarações embaraçosas de integrantes de sua
equipe.
Após muitas críticas, Aso tentou se retratar e reconheceu
que seus comentários foram "inapropriados" e que suas declarações
somente refletiam uma opinião pessoal e não eram uma sugestão para o governo.
"Eu dei uma opinião pessoal, não quis sugerir como o tratamento de doentes
terminais deve ser. É importante que uma pessoa consiga passar os últimos dias
de sua vida em paz."
Fonte:
estadão.com.br
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