sexta-feira, 25 de novembro de 2022

FOLCLORE POLÍTICO XCI: Porandubas Políticas 608

Abro a coluna com uma historinha das Alagoas.

Jesus Cristo

Era aniversário de um bravo coronel de polícia de Palmeira dos Índios. Contrataram dois cantores para animar a festa. Os homens chegaram, violas em punho:

- Coronel, vamos cantar a sua vida.

– Nada disso, cantador de verdade não prepara, improvisa. Vou dar um mote, vocês cantam. E nada de minha vida. Quem vai ser cantado, hoje, é Jesus Cristo. E o mote é: – “Jesus Cristo veio ao mundo nos livrar das injustiças”.

Um cantador olhou para o outro, cada qual mais branco. O coronel estava nervoso. O jeito era começar.

Um tirou: - Jesus Cristo veio ao mundo nos livrá das injustiça.

O outro respondeu: - Quando ele tinha 15 anos rezou a primeira missa.

O primeiro engasgou. E foi em frente: - Quando completou 18, sentou praça na poliça.

O coronel não gostou. Meteu os dois no xadrez.

Um vácuo no jornalismo

A morte de Ricardo Boechat abre um imenso vácuo no jornalismo. A frase é mais uma entre as milhares que circulam por ocasião do desaparecimento de celebridades, pessoas famosas. Mas, no caso de Boechat, a verdade do argumento está no fato de que ele era exceção na galeria dos âncoras de TV e comentaristas de rádio. Desenvolveu forte identidade. Inigualável. Discorria sobre temas que dominava de forma exemplar, informava, interpretava, opinava e até fazia humor, exercendo, assim, as quatro funções básicas do jornalismo: informar, interpretar, opinar e divertir.

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).


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