Por Lauro Chaves Neto (*)
A decisão de quanto e quando poupar e que parcela
do orçamento será poupada deverá ser tomada de acordo com os objetivos que se
deseja alcançar com os recursos dessa poupança.
É preciso investir sempre e para isso é necessário
ter um fluxo mensal de poupança, essa deve ser a primeira questão relacionada
ao orçamento familiar a ser analisada e não a última, com o argumento de que se
houver sobras irão para a poupança. Ter disciplina é imprescindível e, para não
esquecer, deve-se ter em mente o seguinte: "O padrão de vida que vou ter é
o que posso ter e não o que desejaria ter". Alcançar os seus objetivos
financeiros exige firmeza e tempo, muitas vezes décadas ou todo o ciclo de uma
vida profissional, tempo suficiente para acomodar-se às várias oscilações que impõem
sucessivos ajustes orçamentários para atingir as metas.
Existem etapas a serem seguidas e a primeira delas
é determinar o nível de risco que é aceito para os seus investimentos, a lei
básica de finanças é a da conciliação entre Risco e Retorno. Quanto maior o
nível de risco assumido, o seu patrimônio poderá ser acumulado mais rapidamente
ou as suas perdas poderão comprometer as próprias metas. Essa é uma decisão que
precisa ser amadurecida.
Os jovens, normalmente, aceitam assumir mais
riscos, até porque possuem mais tempo para reverter eventuais perdas. Outra
questão fundamental é tentar não contar com o rendimento das aplicações para
pagar parte das despesas mensais.
A segunda variável é a estimativa sobre o horizonte
de tempo no qual as suas poupanças mensais serão acumuladas. Quanto antes for
possível iniciar esse movimento, melhor. Na verdade seria ideal começar a
poupar desde o seu primeiro trabalho, por menor que fosse essa parcela mensal.
A expectativa de vida também é uma variável importante, por isso procure sempre
uma vida saudável.
Completando, existe a terceira decisão que é sobre
qual parcela da renda familiar será poupada. Existe o % da renda e quanto isso
representa em valor. A combinação das três decisões irá encaminhar a sua vida
financeira, pois a vida é feita de escolhas!
(*) Consultor,
professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.
Fonte: O Povo, de 15/11/21. Opinião. p.20.
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