Por Lêda
Maria Feitosa Souto (*)
A matéria publicada na segunda-feira, "Jovens
cearenses: Caminho foi traçado na década de 1980", divulgando o sucesso
dos estudantes do Ceará no exame de admissão para o ITA causa grande
repercussão. Localizamos o professor mentor da ideia de entrar no páreo, Chico
Sampaio e dele ouviu preciosidades:
Se, por um lado, ao longo de sua história, o
cearense tem enfrentado alguns percalços, secas e doenças, que marcaram os séculos
XIX e XX; por outro, desde aquela época, tem se destacado com certas ousadias,
que alcançaram o Brasil. O que dizer de José de Alencar, uma das mais
brilhantes figuras do Romantismo brasileiro? Por acaso não foi Oliveira Paiva
um dos pioneiros do Realismo naturalista e Rachel de Queiroz, do Modernismo
regionalista?
No campo do empreendedorismo, também temos nos
projetado heroicamente. Empresas cearenses ligadas à saúde e à educação, nos
últimos tempos, conquistaram espaços, no Brasil, jamais imaginados. Uma coisa é
certa: se o nosso solo não é dos mais fecundos, nossas mentes, por uma questão
de sobrevivência, se tornaram das mais férteis. Quando, no fim da década de
1980, imaginamos a preparação dos alunos do GEO para os vestibulares do
ITA-IME, contávamos com esta vantagem. Afinal, foi o cearense Casimiro
Montenegro que fundou o ITA. Então, por que não homenageá-lo da maneira mais
pragmática e objetiva? O que sequer sonhávamos é que estávamos plantando uma
semente que, graças ao empenho de notáveis colégios de Fortaleza, continuaria
dando frutos gerações afora.
(*) Jornalista;
colunista de O Povo; membro
da Academia Fortalezense de Letras.
Fonte: O Povo, de 19/01/2022. Vida & Arte. p.5.
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