Por Leonardo
Drumond (*)
No dia 19 de setembro, celebramos o Dia do
Ortopedista, uma data que nos convida a refletir sobre o papel essencial dos
profissionais de ortopedia na promoção da saúde musculoesquelética. No entanto,
também é um momento oportuno para pensar sobre como podemos fortalecer a
prática ortopédica e melhorar o atendimento à população. Como presidente da
Cooperativa dos Médicos Traumatologistas e Ortopedistas do Ceará (Coomtoce),
acredito que o caminho para esse fortalecimento passe pelo cooperativismo.
A ortopedia é uma área da medicina que
exige uma abordagem multidisciplinar e coordenada para proporcionar o melhor
cuidado aos pacientes. Precisamos de um sistema de saúde em que os ortopedistas
tenham condições adequadas de trabalho, acesso a recursos atualizados,
oportunidades de educação continuada e, sobretudo, uma estrutura que valorize o
trabalho médico e permita que o foco seja sempre o paciente.
O cooperativismo, como modelo de gestão e
organização, oferece uma alternativa valiosa em um cenário onde a saúde
frequentemente é tratada como um negócio. A lógica cooperativa é baseada em
valores como a solidariedade, a colaboração e a busca pelo bem comum. Em um
contexto onde o setor privado visa o lucro e o setor público, muitas vezes,
enfrenta dificuldades de financiamento e gestão, as cooperativas médicas se
tornam um espaço de resistência e inovação na promoção de saúde de qualidade.
Na Coomtoce, temos trabalhado para criar um
ambiente onde o ortopedista pode se desenvolver plenamente como profissional.
Através do cooperativismo, promovemos a união de forças para negociar melhores
condições de trabalho, assegurar um ambiente ético e transparente, e promover a
constante atualização dos nossos cooperados. Ao trabalharmos juntos,
conseguimos não apenas oferecer melhores condições para os ortopedistas, mas
também impactar diretamente a qualidade do atendimento oferecido à população.
É fundamental reconhecer que o futuro da
nossa especialidade depende da união de forças. Somente através da cooperação e
do comprometimento com o bem comum podemos oferecer um atendimento de
excelência, acessível e humanizado para toda a população. Este é o caminho que
devemos seguir para fortalecer a ortopedia e garantir que ela continue
evoluindo de forma sustentável e inclusiva.
(*) Médico.
Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) –
Regional Ceará.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 19/09/2024. Opinião. p.28.
Nenhum comentário:
Postar um comentário