Por Rev.
Munguba Jr. (*)
Era uma linda festa, todo ano nos reuníamos para marchar pelo
Colégio Batista no desfile de Sete de Setembro. As Forças Armadas davam o toque
de glamour e poder. As baterias, bem ensaiadas, ajudavam a acertar e a
cadenciar os nossos passos.
Na realidade, o que estávamos fazendo nessa apoteose? Alguns
estavam ali pelas paqueras, pela performance, pela amizade e pelos momentos de
preparação que saíamos das salas de aulas. Poucos celebravam de verdade o dia
da nossa independência!
"Independência ou Morte"! O grito que ecoou às margens
do Rio Ipiranga, hoje permeia apenas um pequeno fragmento do imaginário
popular. Um arquétipo ultrapassado e saudosista. Saudade do futuro, saudade do
que ainda não vivi.
Hoje, o ser humano de uma forma inexplicável, clama por alguém
que domine a sua vida e tolha a sua liberdade. Liberdade de expressão, de ir e
vir, liberdade de livre associação, liberdade de conquistar, liberdade de ter e
ser. Em um ritmo alucinante vemos o homem preso em sua casa, preso em suas
ideias, sem ter como liberá-las. O que pode e o que não pode ser falado?
Nos últimos três meses, o presidente do Brasil vem defendendo
que a ONU deve ter primazia em questões estratégicas em relação ao Congresso
Nacional. Isso, na prática, é a abertura da porteira para a implantação de um
governo global e o fim da soberania nacional. O Grito do Ipiranga caducou,
envelheceu e as vozes que ouvimos não falam o nosso idioma.
O Ceará foi o primeiro estado da federação a implantar o dia 7
de setembro como o "Dia Estadual da Oração da Madrugada". Orando pelo
Brasil todos os dias, das 5h às 6h, pedimos ao Deus Único e Eterno que olhe
para a nossa nação e nos proteja do globalismo feroz e do comunismo que não
funciona em nenhum lugar do planeta.
O Brasil tem várias reservas de água. Somente no aquífero de Alter
do Chão, guardamos suprimentos que durariam duzentos anos sustentando todo o
planeta terra.
O que está acontecendo no mundo? Só para pensar um pouco, é
muito triste presenciar nos Países Baixos, um produtor despejar no lixo mais de
trinta mil litros de leite por ter ultrapassado a sua cota de produção anual.
Não pode vender e nem mesmo doar. Foi condenado, penalizado por ser eficiente e
competitivo.
Só nos resta orar, pois, para comemorar, temos poucos motivos.
(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador
Cristão da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil e presidente da Igreja Batista Seven Church.
Fonte: O Povo, 2/09/2023. Opinião. p.18.
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