Por Desirée
Mota (*)
O objetivo do
Programa Desenrola Brasil do Governo Federal é diminuir o número de famílias
inadimplentes do País. Existem quase 71,5 de milhões de brasileiros com o nome
restrito, segundo a Serasa. Para isso, não adianta o governo criar apenas o
Programa. As pessoas terão direito a um curso de educação financeira. Isso é
fundamental para quem está inadimplente possa receber orientações básicas de
como organizar o seu orçamento e fazer um planejamento financeiro.
educação
financeira é importante para saber como usar o seu dinheiro da melhor forma, ou
seja, aprender a gerenciar suas finanças pessoais e empresariais, controlando
receitas e despesas. Isso é fundamental para alcançar seus objetivos e ter uma
vida mais tranquila para você e sua família.
O Desenrola
Brasil terá duas faixas de renegociação de dívidas da pessoa física: na faixa I
estão aquelas pessoas que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que
estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como beneficiárias de programas
sociais e de distribuição de renda. O valor da dívida por pessoas tem que ser
inferior a R$ 5 mil.
Nessa faixa podem
ser negociadas dívidas negativadas registradas no Serasa, SPC e outras
realizadas até 31 de dezembro de 2022. O Governo criará um Fundo de Garantia de
Operações (FGO) no valor de R$ 10 bilhões. A faixa II é para quem tem dívidas
com instituições financeiras. O próprio banco é quem irá oferecer a seus
clientes a possibilidade de renegociação. Nesse caso não haverá garantias do
governo, que em troca de descontos nas dívidas, oferecerá um incentivo para que
eles aumentem a oferta de crédito. Devedor, se você se enquadra nesse programa,
comece a levantar suas dívidas e veja como ser beneficiado para que seu nome
seja retirado da lista de inadimplentes. Fique atento ao cronograma. O credor
poderá renegociar as condições de pagamento de dívidas, oferecendo desconto aos
devedores e, consequentemente, excluindo dos cadastros de inadimplentes.
Os agentes
financeiros deverão financiar as dívidas incluídas no programa com seus
próprios recursos financeiros. Ambiência favorável a todos, inclusive ao
estímulo da economia.
(*)
Economista e diretora do Instituto EDESE
(Estudos de Desenvolvimento Econômico Social e Empreendedorismo).
Fonte: Publicado In: O Povo, de 23/06/23. Opinião, p.17.
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