Por Lêda
Maria Feitosa Souto (*)
Finalmente, o governo anuncia que as escolas estão autorizadas a
funcionar com 100% da sua capacidade. Foi um tempo sofrido para a clientela
permanecer longe do ambiente escolar, sua fonte de criatividade, recreação e
alimentação. O não fazer nada, ou fazer pouco conflitou, inclusive, com a
certeza que o ser humano, em todas as idades, precisa se exercitar em benefício
de sua saúde física e emocional.
O corpo é como a terra, quanto mais bem tratada mais produz. Foram
fechadas as escolas, as quadras esportivas, o campo de futebol de areia, os
palcos, as arenas, os templos religiosos, em nome da Pandemia.
Na periferia, entre a população necessitada o resultado foi a ampliação
de outras realidades conduzindo as crianças e os jovens para a ociosidade perversa atraindo as más companhias,
drogas, práticas de violência e solidão, distanciando o mundo desejado, para os
agrupados na casa dos quatro aos 16 anos.
Agora, finalmente, as escolas voltam a existir. Dá para imaginar a alegria reinante dos alunos a este
retorno. O vínculo professor-aluno merece estar fortalecido, inclusive com o
professor preparado para receber seu educando regressando muito mais inquieto,
curioso, carente de amorosidade, de relacionamento.
No cenário doméstico, onde a criança e o jovem foram confinados surgiram graves problemas e
estes serão trazidos para a escola, naturalmente.
É necessário ser ampliado o foco de atenção do educador e de toda a comunidade escolar para a prática do
amor, da paciência, compreensão, eficácia e alegria, executando o compromisso
da escola de ser também um lar capaz de solucionar problemas, recuperar
atividades e valores desafiadores, do contexto de mais de dois anos, fechada
pela Pandemia da Covid 19.
Como será assegurada a efetividade de sua missão nos espaços de
ensino aprendizagem? As portas estão abertas, encontraremos, nas escolas, os educadores
reciclados, estimulados para reintegrar seus alunos a esse mundo de
experiências, conflitos e informações, possibilitando uma educação integral que
merece ser fantástica para a formação e melhoria da qualidade de vida de cada
um dos pequeninos e jovens aprendizes?
(*) Jornalista;
colunista de O Povo; membro
da Academia Fortalezense de Letras.
Fonte: O Povo, de 23/9/2021. Opinião. p.18.
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