quinta-feira, 4 de novembro de 2021

AS ESCOLAS DE PORTAS ABERTAS PARA NOVOS DESAFIOS

Por Lêda Maria Feitosa Souto (*)

Finalmente, o governo anuncia que as escolas estão autorizadas a funcionar com 100% da sua capacidade. Foi um tempo sofrido para a clientela permanecer longe do ambiente escolar, sua fonte de criatividade, recreação e alimentação. O não fazer nada, ou fazer pouco conflitou, inclusive, com a certeza que o ser humano, em todas as idades, precisa se exercitar em benefício de sua saúde física e emocional.

O corpo é como a terra, quanto mais bem tratada mais produz. Foram fechadas as escolas, as quadras esportivas, o campo de futebol de areia, os palcos, as arenas, os templos religiosos, em nome da Pandemia.

Na periferia, entre a população necessitada o resultado foi a ampliação de outras realidades conduzindo as crianças e os jovens para a ociosidade perversa atraindo as más companhias, drogas, práticas de violência e solidão, distanciando o mundo desejado, para os agrupados na casa dos quatro aos 16 anos.

Agora, finalmente, as escolas voltam a existir. Dá para imaginar a alegria reinante dos alunos a este retorno. O vínculo professor-aluno merece estar fortalecido, inclusive com o professor preparado para receber seu educando regressando muito mais inquieto, curioso, carente de amorosidade, de relacionamento.

No cenário doméstico, onde a criança e o jovem foram confinados surgiram graves problemas e estes serão trazidos para a escola, naturalmente.

É necessário ser ampliado o foco de atenção do educador e de toda a comunidade escolar para a prática do amor, da paciência, compreensão, eficácia e alegria, executando o compromisso da escola de ser também um lar capaz de solucionar problemas, recuperar atividades e valores desafiadores, do contexto de mais de dois anos, fechada pela Pandemia da Covid 19.

Como será assegurada a efetividade de sua missão nos espaços de ensino aprendizagem? As portas estão abertas, encontraremos, nas escolas, os educadores reciclados, estimulados para reintegrar seus alunos a esse mundo de experiências, conflitos e informações, possibilitando uma educação integral que merece ser fantástica para a formação e melhoria da qualidade de vida de cada um dos pequeninos e jovens aprendizes?

(*) Jornalista; colunista de O Povo; membro da Academia Fortalezense de Letras.

Fonte: O Povo, de 23/9/2021. Opinião. p.18.

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