Por Marcelo Gurgel Carlos da Silva (*)
Em setembro de 2020, sobreveio-me a ideia da editoração de um
livro coletivo, de modo a se constituir uma memória da pandemia da Covid-19,
por meio de crônicas publicadas em O
POVO e no Jornal do Médico Digital,
no período de março a dezembro de 2020.
Essa obra, sem qualquer interesse comercial em venda de
exemplares, foi lançada no formato de e-book, de livre acesso público, via
download da home page da Editora da Uece.
Para a organização dessa edição, que contou com a anuência dos
editores dos dois jornais, privilegiou-se o caráter cronológico em obediência à
data de cada publicação. Os créditos biográficos dos colaboradores ficaram
restritos aos constantes nas respectivas qualificações que acompanhavam seus
artigos.
São 49 autores que contribuíram com 86 crônicas, das quais 76 de
O POVO; a maioria (31) com apenas uma participação isolada; porém, 18 autores
entraram com duas ou mais crônicas.
Desses colaboradores, como seria esperado, há a predominância dos
profissionais da saúde, com 28 cronistas, observando a seguinte composição:
médicos (24), enfermeiras (2), farmacêutico (1) e veterinária (1). Outras áreas
tiveram as seguintes cifras: Exatas (6), Humanas (10) e Sociais Aplicadas (5).
Os participantes engajados na docência universitária somaram 28,
assim distribuídos: Fiocruz (2), Uece (13), UFC (8), Urca (1), Unichristus (2),
Uni7 (1), UniFB (1), dos quais cinco eram os dirigentes principais das suas
respectivas instituições de ensino superior.
Ainda que se possa sofrer de algum viés de seleção da parte do
organizador dessa obra que não se pautou por critérios de uma amostragem
probabilística, o conteúdo nela reunido é bem representativo do que tem
significado a Covid-19 para uma substancial parcela de articulistas e de
formadores de opinião do Ceará.
Com a expectativa de que tempos mais amenos cheguem com máxima
brevidade e que não se tenha mais a motivação para se escrever sobre essa
pandemia, como algo do momento corrente, mas sim usando um tempo pretérito,
indicando a superação do problema, aguarda-se que os cearenses saiam bem fortalecidos
desse embate pandêmico.
(*) Professor titular de Saúde
Pública da Uece.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 3/11/2021. Opinião. p.18.
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