MEU NOME É MULTIDÃO
Organizado
por Lara Montezuma, jornalista de O
POVO
Airton Monte:
Caminhos cruzados
Antônio
Airton Machado Monte nasceu na capital cearense em 16 de maio de 1949,
"de parto normal, filho do primeiro amor e do primeiro descuido". A
criação ocorreu no declarado "território mágico" da rua Dom Jerônimo,
no bairro Benfica, e nos arredores da Gentilândia, Otávio Bonfim e Parque
Araxá. Foi alfabetizado em casa pela avó paterna, Dona Maroca, e concluiu os
estudos no Colégio Padre Champagnat, onde participava do Clube dos Poetas
Cearenses. Conseguiu o diploma de Medicina pela Universidade Federal do Ceará
(UFC) e atuou como psiquiatra em instituições como o Mira y Lopes e o Hospital
de Saúde Mental de Messejana.
Como
escritor, começou a publicar textos durante a década de 1970, nas revistas Etc.
e O Saco. Ao lado de Rogaciano Leite Filho, foi um dos fundadores do grupo
literário Siriará. O autor colecionou títulos de contos como "O
Grande Pânico" (1979), "Homem Não Chora"
(1981), "Alba Sanguínea" (1983) e "Os
Bailarinos" (2010). Ele também participou de coletâneas como "Os
Novos Poetas do Ceará III" e "Antologia da Nova Poesia
Cearense". Já na década de 1980, integrou o suplemento Pixote, considerado
um grande aprendizado para a carreira como cronista. Airton colaborou
diariamente nas páginas do O POVO e também fez passagens como
roteirista de televisão e comentarista de rádio, assim como escritor de peças
de teatros. O cearense era fã de futebol, principalmente do Fortaleza, Botafogo
e da Seleção Brasileira. Admirava São Francisco, ou "Chiquinho", quem
considerava um revolucionário. Em destaques mais singelos, foi esposo de Sônia
e pai de Bárbara e Pablo.
Fonte: O POVO, de 10/09/2022. Vida & Arte. p.1.
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