domingo, 18 de setembro de 2022

AIRTON MONTE: Especial Vida & Arte II

MEU NOME É MULTIDÃO

Organizado por Lara Montezuma, jornalista de O POVO

Airton Monte: Caminhos cruzados

Antônio Airton Machado Monte nasceu na capital cearense em 16 de maio de 1949, "de parto normal, filho do primeiro amor e do primeiro descuido". A criação ocorreu no declarado "território mágico" da rua Dom Jerônimo, no bairro Benfica, e nos arredores da Gentilândia, Otávio Bonfim e Parque Araxá. Foi alfabetizado em casa pela avó paterna, Dona Maroca, e concluiu os estudos no Colégio Padre Champagnat, onde participava do Clube dos Poetas Cearenses. Conseguiu o diploma de Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e atuou como psiquiatra em instituições como o Mira y Lopes e o Hospital de Saúde Mental de Messejana.

Como escritor, começou a publicar textos durante a década de 1970, nas revistas Etc. e O Saco. Ao lado de Rogaciano Leite Filho, foi um dos fundadores do grupo literário Siriará. O autor colecionou títulos de contos como "O Grande Pânico" (1979), "Homem Não Chora" (1981), "Alba Sanguínea" (1983) e "Os Bailarinos" (2010). Ele também participou de coletâneas como "Os Novos Poetas do Ceará III" e "Antologia da Nova Poesia Cearense". Já na década de 1980, integrou o suplemento Pixote, considerado um grande aprendizado para a carreira como cronista. Airton colaborou diariamente nas páginas do O POVO e também fez passagens como roteirista de televisão e comentarista de rádio, assim como escritor de peças de teatros. O cearense era fã de futebol, principalmente do Fortaleza, Botafogo e da Seleção Brasileira. Admirava São Francisco, ou "Chiquinho", quem considerava um revolucionário. Em destaques mais singelos, foi esposo de Sônia e pai de Bárbara e Pablo.

Fonte: O POVO, de 10/09/2022. Vida & Arte. p.1.

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