Por Liduína Rocha (*)
Porque
é preciso debater a existência e a resistência das mulheres contra tantas
violências, discutir e reforçar a luta por diversidade, direitos, autonomia,
respeito, valorização, combate ao
machismo
estrutural, e às diversas formas de violência, opressão, invisibilidade,
desigualdade, estamos concluindo neste domingo, a partir das 18h, no Teatro do
Centro Dragão do Mar, o seminário Fortaleza das Mulheres.
Ao
longo da construção e da divulgação do evento, vimos mais e mais o quanto
precisamos de mais espaços para esse debate, que precisa ser permanente, diante
da imensa disparidade entre a realidade que temos e
aquela de que necessitamos.
Entre a
mentalidade predominante, equivocada, incompleta, com imensa dificuldade de olhar, perceber, sentir, e a nova
sociedade que precisamos construir, para todas as mulheres, para todas as
pessoas.
A vulnerabilidade social de muitas mulheres leva ao
agravamento de problemas como violência, desrespeito, invisibilidade e
opressão. Definir e colocar em prática ações para amenizar essas desigualdades
é fundamental.
É muito
raro e especial podermos debater isso escutando mulheres como Valéria Pinheiro,
Maria do Socorro Lima, Dora Moreira, Luma Andrade, Melania Amorim, Camila
Holanda, Débora Brito, Mariana Bertini, Silvinha Cavalleire, Rayanne Pinheiro,
Camila Cabral (a Mila Vintage), Silvania de Deus, a Sil, entre várias outras
que participaram do encontro, uma iniciativa do Simpósio de Assistência ao
Parto, que também conclui hoje suas atividades, em sua décima edição, em
Fortaleza, em valiosa parceria com o Centro Dragão do Mar.
Quem
somos? Qual o nosso lugar no mundo?
Por que
falar sobre direitos reprodutivos?
Toda
Mulher nasce para ser mãe? Somos todas iguais, no sexo, no desejo e na maternidade?
Como vencer a imensa desigualdade social, que torna ainda mais difícil, para a
maioria, a condição de mulher?
Estas e
outras perguntas continuam a nos desafiar.
Construir respostas e, muito mais do que isso, mudança de realidade e de
mentalidades é nosso grande desafio.
Hoje e
todos os dias.
(*) Médica obstetra.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 14/04/2024. Opinião. p.18.Cr
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