Por
Vladimir Spinelli Chagas (*)
Olhando para o futuro, a
Santa Casa de Fortaleza, dentre outros esforços, realizou um levantamento
rigoroso de toda a sua situação econômico-financeira, com o apoio da Federação
das Indústrias do Ceará (Fiec), construindo um plano econômico que pode
demonstrar os espaços para a otimização de suas receitas e despesas.
As parcerias firmadas
com várias instituições são um ponto positivo para que as ações sejam
facilitadas, pois exigem muitas energias em um tempo exíguo, mas também
representam um desafio que impele ainda mais todos os que acreditam e trabalham
pela Santa Casa.
A par disto, e ainda com
apoio da Fiec, a Santa Casa desenvolve os primeiros passos para o protocolo
ESG, caminho natural, por ser uma instituição eminentemente social, preocupada
com o ambiente, e vir aprimorando os fatores de governança, inclusive para a
captação de recursos.
A partir de avaliações
internas, outra iniciativa está em andamento, na forma de oficinas de trabalho,
tendo como fase inicial o desafio da busca pela sustentabilidade no curto
prazo, a fim de permitir, nas etapas seguintes, a adoção de ações de médio e
longo prazos que reforcem essa sustentabilidade.
Essas oficinas já
apontaram caminhos, cuja viabilidade se mostra mais factível. Um deles trata da
revisão de todo o modelo de negócios e de marketing institucional, como forma
de apoiar as ações em favor do incremento das doações, um dos esteios na
captação de recursos.
Considerando o foco
especial nos nossos pacientes e a margem que existe para ampliar os
atendimentos, um segundo ponto se refere exatamente à melhoria na sua
abordagem, resultando em melhorar o acesso, com a eficiência e a qualidade dos
serviços oferecidos pela Santa Casa.
Não menos importante
será o fortalecimento de um ambiente de confiança e colaboração entre a
instituição e os médicos que aqui prestam serviços, visando melhorar a
transparência nas operações e aumentar ainda mais o comprometimento desses
profissionais com a instituição.
Salvando vidas desde
1861 e convivendo com as dificuldades das filantrópicas, a Santa Casa não
esmorece no seu trabalho em prol da saúde daqueles que mais precisam de apoio.
(*) Professor aposentado
da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do
CRA-CE. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 22/04/24. Opinião. p.16.
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