Por Rev.
Munguba Jr. (*)
O sonho de toda empresa é ser reconhecida nacional e
internacionalmente, ter relevância nesse mundo globalizado. Antigamente,
bastava ter a matriz em São Paulo para ser proeminente em todo território
nacional. Mas hoje, em um mundo sem fronteiras, onde podemos influenciar e
sermos influenciados por pessoas e empresas de qualquer lugar, as coisas
mudaram muito.
O comércio varejista está passando por uma metamorfose. A nossa
feira da rua José Avelino ou, até mesmo, o Centro Fashion, estão obsoletos. As
grandes empresas que atuam pela internet, têm aniquilado muitos comerciantes
que perderam o trem da história.
Nos últimos dias, conseguimos uma façanha como brasileiros,
figuramos no topo do antigo Twitter, agora X. Aparecemos não como líderes no
abastecimento mundial, nem como reserva de água, muito menos como matéria prima
para medicamentos ou como o pulmão da humanidade, mas como uma democracia em
apuros.
Somos, por vocação, um país livre, no entanto, quando perdemos a
simplicidade de examinarmos com clareza os postulados que estão nos acusando e,
superficialmente buscamos desculpas no tecnicismo pueril, estamos perdendo a
rica oportunidade de nos avaliarmos através de outros olhos, irmãos que moram
em outras democracias, que sim, podem questionar a conjuntura que produzimos.
Não é vergonhoso pensar, questionar, refazer ou retornar.
Vergonha é permanecer no erro, é não ter coragem para mudar.
O Brasil é lindo demais, é forte e tem dado uma grande
contribuição as nações civilizadas, contudo, não podemos renunciar às
liberdades fundamentais garantidas em nossa Carta Magna.
Não é tempo para revanchismo, partidarismo e negacionismo.
Garantir que todos possam falar livremente, assumindo as responsabilidades que
já estão dispostas em nosso arcabouço legal, é imprescindível.
A seguinte frase é atribuída a Voltaire: "Posso não
concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o direito de
dizê-lo".
Como cristãos, temos sofrido ataques e blasfêmias de tal monta
que chegamos a duvidar ser possível com outros grupos religiosos, como o
islamismo, por exemplo. Mesmo discordando do conteúdo e da forma, temos a
justiça para dirimir as divergências. Jamais pediremos o cerceamento da liberdade
de expressão de qualquer opositor.
Quem diria que um dia leríamos informações tão fortes e
contundentes advindas da outra américa no X. Quem diria!
(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador
Cristão da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil e presidente da Igreja Batista Seven Church.
Fonte: O Povo, 13/04/2024. Opinião. p.16.
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