Por Estevão Rocha (*)
Pesquisas mostram que a
ocupação dos empregos com melhores remunerações tem relação direta com o
nível de formação adquirida pelo cidadão. Nesse sentido, há que se entender o
papel fundamental das Instituições de Ensino Superior (IES) na contribuição da
formação qualificada desses cidadãos nas Nações. Organizações nacionais e
internacionais que estudam locais para investir consideram, entre outros
fatores, a qualificação dos profissionais que atuarão nesses investimentos.
Quando há falta de profissionais qualificados, sendo o investimento aprovado, dois
caminhos são conhecidos para resolver esse problema: importar os
profissionais ou esperar por sua formação em determinada região.
Diante desse cenário,
muitas IES particulares, incluindo a Unichristus, têm buscado aprimorar seus
processos de formação, preocupando-se com a qualidade dos profissionais
egressos de seus cursos de graduação. A livre participação no setor superior da
educação, assim como em outros segmentos, permite a entrada de vários modelos
de propostas educacionais que podem favorecer os estudantes brasileiros. Novos
formatos de ensino e de aprendizagem, assim como novas propostas de gestão, são
fatores que abrem espaços para inovações que poderão ser significativas na
qualidade da formação dos estudantes.
Nesse contexto, no ano
de 2005, com a chegada do grupo internacional de educação Laureate, o Brasil
começou a conhecer o modelo de graduação de instituições estrangeiras com suas
competências educacionais aplicadas em vários países, tanto em países de economias
desenvolvidas quanto em desenvolvimento. Em 2009, chegou o grupo Adtalem Global
Education, posteriormente conhecido como Devray. Em 2012, a rede educacional
Ilumno aportou com suas expertises ao adquirir diversas IES nacionais.
Contudo, passados mais
de dez anos aplicando suas propostas educacionais em vários estados
brasileiros, inclusive no Ceará, estas instituições não conseguiram
proporcionar uma mudança significativa na qualidade da formação dos
profissionais. Sem aprofundar nos motivos, o fato é que estas organizações
deixaram o País sem trazer propostas educacionais que nivelassem nossos
profissionais aos formados em países considerados desenvolvidos. Por que
desistiram? Fazemos melhor?
(*) Educador e diretor do
Colégio Christus
Fonte: Publicado In: O Povo, de 26/06/24. Opinião, p.18.
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