A Covid-19 apresentou-se ao mundo de forma avassaladora,
começando em Wuhan, na China, em novembro de 2019, e desde então o número de
casos e óbitos vem crescendo exponencialmente, causando grandes impactos
principalmente nos setores de saúde e economia de todos os continentes. Atualmente,
em meados de maio de 2021, o mundo conta com um total 133.146.550 casos e 2.888.530
óbitos de Covid-19.
A maior e pior epidemia de coronavírus da
história humana e a mais mortal dos últimos cem anos, a Covid-19 provoca
sintomas respiratórios que vão de leves dificuldades respiratórias a graves,
com incapacidade ventilatória pulmonar.
Inicialmente, a doença acometeu a população
adulta, a partir de 60 anos e grupos de risco com comorbidades de maneira mais
imponente, com o agravante de possuir características específicas de baixa
imunogenicidade e produção de anticorpos neutralizantes que, além de propiciar
a disseminação da doença também por pacientes assintomáticos, pode acometer as
pessoas mais de uma vez e dificultar o processo de elaboração de vacinas.
Desde o seu surgimento, a pandemia devastou
a vida de mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo, prioritariamente
idosos, tendo infectado pelo menos 132,9 milhões. Contudo, diante de uma
segunda onda e o surgimento de novas variantes, o perfil das vítimas vem
mudando e o vírus tem se mostrado extremamente potente em pessoas mais jovens,
e os óbitos em faixas etárias mais baixas tem crescido em todo o mundo. Dessa
forma a OPAS, aponta que o aparecimento de mutações é um evento natural e
esperado dentro do processo evolutivo dos vírus.
A grande velocidade de propagação da doença,
associada à moderna hipermobilidade, fragilidades nos sistemas econômicos,
políticos e de serviços públicos, ocasionaram diversos desencontros quanto às
causas e, por conseguinte, de ações divergentes de controle da disseminação da
doença, levando a instabilidade emocional e altos índices de morbimortalidade
pela doença.
Em vista dessa problemática, a Academia
Cearense de Medicina (ACM) realizou em Fortaleza, de 12 a 14 de maio de 2021, a
sua XIX Bienal, evento de natureza científica e cultural com notória relevância
para a Medicina cearense, cujo programa científico teve a Covid-19 como
tema central.
A coordenação do
evento esteve ao encargo da Vice-Presidência do sodalício, Acad. Janedson Baima
Bezerra e a Comissão Organizadora foi
formada pelos doutores Ana Margarida Arruda Rosemberg, Anastácio Queiroz de
Sousa, Antônio Carlile Holanda Lavor, Janedson
Baima Bezerra, José Eduilton Girão, José Henrique Leal Cardoso, José
Iran de Carvalho Rabelo, Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Márcia Alcântara
Holanda, Oswaldo Augusto Gutiérrez Adrianzen, Pedro Henrique Saraiva Leão Roberto
Misici, Sebastião Diógenes Pinheiro, Sara Lúcia Ferreira Cavalcante e Vladimir
Távora Fontoura Cruz..
A XIX Bienal contou com conferencistas
nacionais, oriundos de outros Estados: Ailton Benedito de Souza (GO), Arnaldo
Correia de Medeiros (DF), Eurico de Arruda Neto (SP). Fernando Antônio Brandão
Suassuna (RN), Flávio Adsuara Cadeggiani (DF), Hélio Angotti Neto (DF), José
Abelardo Garcia de Meneses (BA), Margareth Pretti Dalcolmo (RJ), Nise Hitomi
Yamaguchi (SP), Roberta Lacerda Dantas (RN) e Roberto Sebastian Zeballos (SP),
além de Felipe Bastos Gurgel Silva (USA), e com conferencistas convidados do
Ceará: Antônio Carlile Holanda Lavor, Eveline Santana Girão, Ivo Castelo Branco
Coelho, Jeová Keny Baima Colares, Luciana Maria de Barros Carlos , Marcelo
Alcântara Holanda, Mônica Cardoso Façanha, Robério Dias Leite e Weiber Silva
Xavier. As funções de presidente, moderador e secretário das sessões
científicas foram exercidas por membros titulares da ACM.
O programa contemplou duas Conferências
Magnas: “Covid-19: Direitos humanos em quarentena?”, na abertura, e “Plataformas vacinais: presente e futuro”, no
encerramento; três Conferências: “Covid-19
e as epidemias na história do homem”, “Os paradigmas do conhecimento médico, o
tratamento precoce e a vontade de curar” e
“Covid-19:
aspectos médico-psicossociais”; três
Painéis: “Covid-19: a doença”,
“Covid-19: o tratamento (o estado da arte)” e “Covid-19: a profilaxia”; e três Simpósios:
“Covid-19: apresentações especiais”,
“Pós-Covid-19” e “Situações
paralelas à doença”.
A programação do evento foi desenvolvida em Sala Virtual do aplicativo Zoom,
gerenciada pela empresa Pirilampo, com links
destinados aos expositores convidados e acadêmicos, sendo também aberto a profissionais e estudantes da área
de Saúde e ao público em geral interessado na problemática da presente
pandemia, sem necessidade de inscrição prévia, acessível por meio das redes
sociais (Facebook e YouTube) vinculadas ao Site da ACM. Toda a programação,
pós-evento pode ser acessada, integralmente, no Blog da ACM:
http://academiacearensedemedicina.blogspot.com/2021/05/xix-bienal-da-academia-cearense-de.html?m=0
A XIX Bienal da
ACM, no contexto geral de sua programação, objetivou e sugeriu diretrizes na
reconstrução de uma nova visão em relação a esta pandemia que atinge a
humanidade.
Devem ser encorajados
todos os que detêm responsabilidades médicas, políticas e sociais, como tem feito
a Academia Cearense de Medicina nas suas intervenções, por meio dos seus
acadêmicos, no sentido de se trabalhar ativamente em prol do bem comum,
partilhando eticamente os fatos, informações, conhecimentos e recursos.
Deve-se atentar,
ainda, com muito esmero e seriedade, aos que normalmente são mantidos em silêncio
e invisíveis, os mais pobres, e, assim sendo, ajudando a tomar consciência do
que realmente está acontecendo e da verdadeira condição.
É tempo, antes de
tudo, de se removerem as desigualdades, sanarem as injustiças, proporcionando a
integralidade na saúde da humanidade inteira.
Diante disto,
neste momento estão todos envolvidos e implicados por causa de Covid-19 com
fenômenos associados de desigualdade e a má gestão, fatores esses que ameaçam a
todos os cidadãos.
A Covid-19
permitiu se porem à prova o egoísmo, a indiferença, as divisões interpessoais e
o esquecimento, palavras que não são as que se quer ouvir, nesse tempo de
pandemia, mas se deseja bani-las definitivamente.
Finalizando, a XIX
Bienal da ACM teve um objetivo primordial aproximar cada vez mais esta Academia
com as instituições, que a mesma está envolvida com nossa saúde, em termos de
colaborar com as autoridades competentes com o escopo final de divulgar e
informar eticamente “extramuros”, a educação médica e a promoção da saúde.
Fortaleza,
28 de maio de 2021
Acad.
Antônio Carlile Holanda Lavor (coordenador) - Cad. 55
Acad.
Ana Margarida Arruda Rosemberg - Cad. 35
Acad.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva - Cad. 18
Acad.
Roberto Misici - Cad. 2
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