Por Ariosto
Holanda (*)
A
falta de saneamento básico, habitação, trabalho e educação de qualidade para a
população de baixa renda, as agressões ao meio ambiente decorrentes do uso
indiscriminado de fertilizantes e inseticidas, o lixo não tratado e as ações de
globalização resultam nessa exclusão social injusta e grave.
Os
pobres sem acesso à nutrição adequada, à água potável, à habitação, ao
saneamento básico e sem recursos para comprar material de limpeza contraem
doenças mais facilmente. O sistema de saúde em colapso com
falta de leitos, de profissionais e de UTIs tornam a situação catastrófica.
E
depois? Certamente os problemas humanitários e ambientais vão se tornar urgentes.
Um novo mundo surgirá exigindo estratégias voltadas para o desenvolvimento
humano (educação, saúde e trabalho).
Temos
de discutir o que fazer com milhões de trabalhadores cuja força de trabalho,
com a chegada da inteligência artificial, será menos exigida.
Temos
de promover, a partir das instituições de ensino superior, um grande programa
de extensão voltado para a transferência de conhecimentos para
o setor produtivo e para os pequenos negócios.
A
saúde precisa ser repensada. As doenças só serão combatidas se houver eficientes
agências reguladoras de saúde pública. A prevenção deve ser a prioridade
máxima. As suas ações devem começar na escola.
Some-se
a isso, um fato que me deixou estarrecido e revoltado, quando lendo a revista
American Scientific Nº 14, de julho de 2003, na página 44, me deparei com a
seguinte nota: "Em 12 de março de 2003 a Organização Mundial da Saúde
(OMS) fez um alerta global sobre o aparecimento de uma nova doença com alto
potencial de infectividade e mortalidade".
A OMS estava
se referindo à Síndrome Respiratória Aguda Grave - Sars - e alertava as
autoridades mundiais sobre a possibilidade de uma pandemia.
Observem,
que esse alerta foi feito há 18 anos e nenhuma medida foi
adotada. E o que é pior, há notícias de doenças como malária, varíola, febre
amarela, tuberculose e outras que estão voltando.
Fica
aqui um alerta para o governo: "VACINE JÁ A POPULAÇÃO" ou teremos, em
breve, uma explosão de pobres e uma revolta incontrolável de famintos".
(*) Professor,
engenheiro e ex-deputado federal.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 26/04/21. Opinião, p.19.
Nenhum comentário:
Postar um comentário