Por Lauro Chaves Neto (*)
O crescimento
sustentável dos negócios em um cenário de concorrência global e
transformação digital exige dos empresários uma correta gestão financeira.
Falar de gestão
para os empreendedores pode parecer falar de "reza" para vigário,
porém, a realidade mostra que a maior parte das empresas ou não usa as
ferramentas adequadas ou as usa apenas parcialmente, acarretando perdas na
eficiência e na competitividade.
Em situações
adversas, quando o faturamento cai, a inadimplência cresce e muitos dos
custos não possuem flexibilidade para serem cortados de imediato, são criados
problemas de liquidez e falta de capital de giro, situação agravada pela
dificuldade do acesso às linhas de créditos. Em situações favoráveis de
crescimento das vendas, muitas vezes a necessidade de financiamento do capital
de giro passa a consumir a maior parte da rentabilidade.
A gestão
financeira envolve um conjunto de ferramentas que precisam ser usadas em
conjunto no processo de tomada de decisões. Fluxo de Caixa, Orçamento e Custos
formam o seu tripé básico.
O Fluxo de Caixa
é a joia da coroa da gestão financeira, o maior GPS da administração de
recursos, permite a análise do passado, a organização do presente e a projeção
do futuro. É fundamental que ele seja integrado entre a tesouraria, o contas
a receber e o contas a pagar, sendo atualizado a cada nova operação.
O sistema de
custos deve ser a base tanto da avaliação da eficiência da operação, como
também da política de preços, que seja capaz de compatibilizar a realidade de
mercado com a geração de lucros. Nenhuma organização deveria funcionar
sem conhecer o seu ponto de equilíbrio e a sua margem de contribuição!
Já o orçamento,
deve ser a expressão numérica das decisões de geração e alocação de recursos,
estando intrinsecamente ligado com o planejamento estratégico e
auxiliando às tomadas de decisões.
Nada deve ser
decidido sem as informações da gestão financeira. Desde a política de compras
até o pós venda, passando pela logística, estoque, pesquisa e
desenvolvimento, marketing, produção, decisões de investimentos e gestão de
pessoas.
(*) Consultor,
professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.
Fonte: O Povo, de 22/07/24. Opinião. p.22.
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