Por Virgínia Fonseca (*)
A definição de Educação
Permanente em Saúde (EPS), adotada pelo Ministério da Saúde, consiste na aprendizagem
no trabalho, em que aprender e ensinar se incorporam ao cotidiano das
organizações.
A EPS vem se desenhando
como uma estratégia essencial para a promoção de um cuidado seguro, com ações
constantes de formação profissional, fazendo do cotidiano dos profissionais um
local de aprendizagem, inovação e troca criativa de modelos por práticas
cooperativas, capazes de acolher a diversidade e a pluralidade dos conhecimentos.
Em 2004 foi instituída a
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), estratégia do SUS
fruto de uma luta que contribui para a organização dos serviços de saúde por
meio da qualificação e a transformação das práticas.
A educação continuada se
caracteriza por atividades com período definido e parte do desejo do
profissional em ampliar seus conhecimentos, já a EPS é uma estratégia político-pedagógica
que foca nos problemas e necessidades do processo de trabalho, incorporando
ensino, atenção à saúde, gestão do sistema e controle social.
Os gestores de educação
permanente precisam ser criativos para planejarem propostas de
treinamentos, levando em consideração objetivos de aprendizagem claros, perfil
do facilitador e metodologias adequadas, a fim de gerar motivação de seus
liderados em participar e que levem a experiências impactantes no cuidado
prestado aos pacientes, garantindo qualidade e segurança aos mesmos.
No Instituto de Saúde e
Gestão Hospitalar (ISGH), de 2022 até o final de 2023, a área realizou mais de
4.600 ações de treinamentos, nas quatro macrorregiões do Ceará. Os treinamentos
também estão disponíveis de forma on-line, facilitando o acesso dos
colaboradores.
Ao fornecer treinamentos
específicos relacionados às responsabilidades do cargo do colaborador,
oportuniza-se adquirir competências essenciais, além de estar sempre atualizado
sobre as melhores práticas e procedimentos operacionais relevantes. Isso não
apenas eleva o desempenho individual, mas também contribui para a eficiência
geral da equipe e da organização.
(*) Médica
e diretora-presidente do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar.
Fonte:
Publicado In: O Povo, de 31/07/2024.
Opinião. p.20.
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