Por
Vladimir Spinelli Chagas (*)
Um hospital integrado deve não apenas atender às demandas dos
pacientes, mas formar novos profissionais com a qualidade necessária, para que
as profissões da área da Saúde continuem se expandindo, em termos de
conhecimento e de boas práticas.
Assim, no ano 2000, a Santa Casa de Fortaleza resolveu iniciar-se
nessa seara, criando sua Residência Médica que, nesses 24 anos já entregou à
população cearense 240 médicos especialistas em áreas como Cirurgia Geral,
Urologia, Clínica Médica, Proctologia e Cabeça e Pescoço, em Programas com dois
ou três anos de duração. Em 2014, a Santa Casa foi reconhecida como hospital de
ensino por portaria dos Ministérios da Saúde e da Educação.
Os hospitais de ensino são peças-chave para o funcionamento do
Sistema Único de Saúde - SUS, por integrarem o ensino, a pesquisa, a inovação e
a própria assistência à saúde de alta complexidade, agindo como verdadeiros
laboratórios de formação diferenciada.
Esta integração permite que os conhecimentos gerados sejam mais
rapidamente incorporados à prática clínica, beneficiando de forma direta os
pacientes. Para isso, espera-se também o fortalecimento das políticas públicas
voltadas para o fortalecimento dos hospitais de ensino, garantindo sua
sustentabilidade e o seu papel estratégico no SUS.
É o caso da Santa Casa, que veio somar inquestionável qualidade à
formação de especialistas, por deter em seus quadros profissionais reconhecidos
como expoentes em suas áreas de atuação e, para além disso, ser uma instituição
que prima sempre pelo atendimento humanizado.
Contando atualmente com 33 Médicos Residentes, a Santa Casa já
projeta para o futuro, a ampliação desses números, inclusive para novas
especialidades e profissões, graças às condições de leitos, espaços e
profissionais, além do seu lema de salvar vidas, como vem fazendo desde 1861.
Outro ponto a reforçar esse projeto é a atual situação da saúde
pública, com uma visível demanda reprimida de pacientes que necessitam de
cuidados diagnósticos e terapêuticos em diversas especialidades, sobretudo os
mais vulneráveis, que são o foco principal da Santa Casa.
(*) Professor aposentado
da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do
CRA-CE. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 13/08/24. Opinião. p.22.
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