No
domingo à tarde, toca o telefone na casa de Paulo, o gaguinho da vizinhança:
—
A... a... a... alô? Quem está do outro lado da linha é Reinaldo, irmão de
Edson, um vizinho.
—
Paulinho, você precisa fazer um favor para mim.
—
Po... po... po... pois não... – diz o gago.
—
Eu estou tentando ligar no apartamento e no celular do Edson mas ele não atende
de jeito nenhum! Acho que o telefone está cortado ou ele está sem crédito.
Presta bem atenção no que eu vou te dizer, é um recado urgente!
—
Si... si... si, si, sim... Po-po-po-pode fa... fa, fa-falar... E então Paulo
ouve todo o recado. Minutos depois, ele toca a campainha no apartamento do
Edson, que atende a porta.
—
Bo... bo... bo-bo-boa tarde, vi... vi-vi-vi...zi...vizinho.
—
Boa tarde, Paulinho, meu querido, o que manda? E então ele tenta explicar:
—
Te-te-te-tenho que... que... que-que que te falar que... que-que... Edson, sem
paciência, responde:
— Fala logo! Não tenho muito tempo!
—
Eu esto-to-to... estou te-te-tentando, ma... ma-ma-mas na-na-na-não co...
co-co-con-si-si... consigo!
E
então Edson diz:
—
Espera aí! Eu já ouvi dizer que gago não gagueja quando canta.
Então
fala cantando!
— Tu-tu-tudo be-bem, diz o gago.
E
completa:
—
Olê, olê, olê, olá! Sua avó morreu, amanhã vão enterrar!
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.
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